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28
Out10

AREZ FREGUESIA DE NISA

DELFOS
Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/1738




Título: Arez da Idade Média à Idade Moderna: um estudo monográfico
Autor: Leitão, Ana Cristina Encarnação Santos
Orientador: Barbosa, Pedro Gomes, 1951-
Palavras-chave: Arez (Nisa, Portugal) - História - séc.13-18
Teses de mestrado, 2008
Data: 2008
Resumo: Arez é actualmente uma freguesia do Concelho de Nisa, pertencente ao Distrito de Portalegre, localizada na região do Alto Alentejo. Na descrição heráldica e na representação do seu Brasão consta a Cruz da Ordem de Aviz, no entanto foi possível verificar através da investigação para o tema da dissertação do Mestrado em História Regional e Local, e no sentido da identificação de um problema através de um símbolo heráldico, que de facto Arez foi Comenda da Ordem Militar de Cristo. E foi nesse âmbito que se centrou a respectiva investigação que deu origem ao referido estudo. A escolha foi, também, justificada pelo facto de não existir, ainda, nenhum estudo monográfico sobre a freguesia em questão, no âmbito dos estudos locais do Concelho de Nisa, apesar de já existirem referências históricas à sua existência a partir dos finais do séc. XII. A contextualização introdutória e genérica do espaço onde está inserida, foi assim neste caso, baseada no conceito de Fronteira, numa lógica de consolidação da formação territorial pelo povoamento. Teve particular importância o processo de senhorialização levado a cabo pela Ordem do Templo. Arez era uma terra senhorial, fazendo parte da Vigairaria de Tomar. Do plano de estudo constou, entre outros elementos, a análise da respectiva Carta de Foral, dada por D. Manuel I, em 20 de Outubro de 1517, em Lisboa. Assim como foi efectuada a consulta e análise da documentação referente aos Tombos da Ordem de Cristo e Chancelaria de D. Manuel I, entre outras, tal como foram elaborados estudos comparativos com as outras Comendas da região pertencentes à mesma Ordem. Outra base para o trabalho foi o levantamento da informação da Toponímia local, assim como da análise da documentação referente à Misericórdia de Arez, ainda existente. Pretendeu-se, na medida do possível, identificar uma evolução histórica da localidade desde o séc. XIII ao séc. XVIII, com base não apenas na preocupação em cartografar o espaço, mas caracterizando-a também através dos indicadores económicos relativos à demografia histórica, afim de enquadrar a sua importância numa perspectiva local e regional. Levou-se ainda a cabo o decisivo trabalho de transcrição das Memórias Paroquiais, referentes ao inquérito de 1758, que aqui se apresentam em anexo.
Arez is currently a parish of the Municipality of Nisa, belonging to the District of Portalegre, located in the Alto Alentejo region. In the heraldry description and in the representation of its Coat of Arms is represented the Cross of the Order of Aviz, however we were able to verify through research for the dissertation topic to the Masters in Regional and Local History, and towards the identification of a problem through a heraldic symbol, that in fact Arez was a Commander of the Military Order of Christ. It was within this framework that was focused the research that led to this study. The choice was also justified by the fact that there wasn't still any monographic study about the town in question, in the core of the local studies of the Municipality of Nisa, although there are already historical references to its existence from the end of the 12th century. The introductory and general background of the area where it is inserted was based on the concept of boundary, in the logic of consolidating formation for territorial settlement. It had particular importance to the process of land owning conducted by the Order of the Temple. Arez was a noble land, and was part of the Vigairaria of Tomar. The study plan consisted, among other things, in the analysis of the Donation Charter, given by King Manuel I, on the 20th of October 1517, in Lisbon. It was also done consultation and analysis of documentation relating to the Archives of the Order of Christ and to the Chancellor of King Manuel I, among others, such as comparative studies with the other Commander of the Order in the same region. Another basis for the work was the existing information in the local toponymy, as well as the analysis of documentation on the Misericódia of Arez, still existing. We tried, as far as possible, to identify a historic development in the locality from the 13th century to the 18th century, based not only in mapping the space, but also in characterizing it by economic indicators related to the historical demography, in order to prove its importance in a local and regional perspective. We also took out the crucial work of transcription of Parish Memories, referring to the survey of 1758, which are presented here in the annex.
Descrição: Tese de mestrado em História Regional e Local apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2008
URI: http://catalogo.ul.pt/F/?func=item-global&doc_library=ULB01&type=03&doc_number=000546695
http://hdl.handle.net/10451/1738
22
Out10

ALPALHÃO ULTRAPASSA O GAVIÃO NO ALENTEJO

DELFOS
"Do  estudo - Temas Etimológicos - inserto no Boletim de 1976 do C.D.C.R., do já consagrado Toponimista António Augusto Batalha Gouveia, vamos transcrever o que escreveu a respeito de Alpalhão.
"Se o topónimo ALPALHÃO  mantém intactos raízes primitivas e tudo parece indicar que sim, então posso adiantar que o mesmo procede das vozes anteriores AR-BAR-UM modificar nas variantes diacrónicas AL-BAl UM, AL-BAL-OL e AL-PAL-ON.
Vou seguidamente examinar cada um dos morfemas inclusos na locução ARBARUN.
A voz AR que por vir do abrandamento de vibrantes se sonorizou, AL, denominava, num remoto estado linguístico, o ESPÍRITO ou a ALMA.
O morfema BAR remonta à voz semítica BA, cuja a aspiração vocálica foi com o advento da escrita notada pelo signo correspondente ao nosso H e daí a grafia BAH.
Este BAH sofreu diversas mutações fonéticas decorrentes da referida aspiração surgindo assim os cognatas BAR, BAL, etc.
Na sua passagem para o indo-europeu a labial sonora permutou com a surda P, originando  deste modo os cognatos  PAH (em que o "h" tem aqui o valor fonético notado pelo  "êta"  (grego) PAR, PAL, etc....
O BAH semítico denominava simultâneamente o PAI divino e o MAR. O vocábulo árabe  para "mar" apresenta, no nosso alfabeto, a grafia BAHR.
Caso particularmente interessante é o dos vocábulos portugueses "mar" e "mãe" provirem da mesma raiz indo-europeia MAH significativa de "Grande".
Quer isto dizer que a grafia actual "Pai" com "i" carece de apoio etimológico, porquanto este nome evoluiu paralelamente à voz "MÃE".
O morfena Turano indo-europeu UN, que representava a voz original "U" significativa de "Primogénito divino", "Filho de Deus" e "Homem" sofreu várias fonatações fonéticas filhas do génio próprio de cada idioma, passando a soar OM em sânscrito e On nas línguas germânicas. Do OM em sânscrito derivaram os gregos a palavra "OMOS" (o mesmo), espécie que os latinos importaram para  com ele denominarem a nossa e (Homo, port. Homem).
Os vedas conservaram a voz Un, como se pode verificar no livro 10-129 do Rig-Veda que verto para português:

"No princípio não existia o ser nem o não ser;
Não havia espaço nem firmamento.
Qual era o seu conteúdo? Onde estava e quem o guardava?
O que era a água profunda, a água sem fundo?
NEM a morte nem a não morte existiam nesses tempos;
Nem sinal distinguia a noite do dia.Encerrado no vazio, o "UN" respirava mutuamente; As trevas envolviam as trevas".

Sendo o BAR o "Pai" ou o "MAR" e UN o primogénito divino gerado pelo "mesmo" resultou daqui a arcaica concepção religiosa, e ainda vigente, de que Deus e o Homem, o Pai e o Filho, eram duas naturezas numa só e que ligados pelo Espírito consubstanciavam as três essências divinas, isto é, tornaram-se ao mesmo tempo no Deus Uno e Trino.

Quando a crença nas divindades marinhas  cedeu perante o panteão celeste, a direcção UN confundiu-se com a voz AN, outro cognato de "ESPIRÍTIO" que passou a apelidar  o Deus do Céu assírio-babiliónico.

Os gregos formaram a palavra "homem" prospondo a voz AN a raíz asiânica THUR (um dos cognatos do nome "DEUS" : DIUR, DIUSS, DEUS) que corrompida por metátese se transformou em THROS e daí a dupla direcção ANTHROS e ANDROS (Espírito de Deus).

A voz cognata de ANTHROS, ANTHOS, que primitivamente tinha o mesmo significado, foi empregado pelos gregos para denominar a "FLORA"entrando o onomástico lusitano sob as formas equivalentes ANDO e ENDO.
Esta última foi anteposta ao tema latino Bélico ou Vélico (guerreiro) passando a apelidar o deus lusitano Endobélico ou Endovélico (Espírito de Deus guerreiro) corresponde ao Ares Grego, ao Marte romano e ao português S. Jorge.
Endobélico ou Endovélico era, entre nós, um deus tópico, isto é, o seu culto circunscrevia-se a uma área geográfica que tinha ALPALHÃO no seu aro. Situava-se  o seu santuário no Monte de S: Miguel da Mota, perto de Alandroal.
Este último topónimo é revelador do "ubi" de Endobélico, dado que Alandroal decompõe-se nas vozes AL-ANDRO-AL, sendo este o sufixo designativo de "Terra "  "Campo"  "Área"  "Recinto", etc., logo Alandroal encerra a significação primitiva de "Terra de Espírito de Deus Guerreiro", Endovélico, tal como Jeová era o "Senhor do Exército Lusitano".
Resumindo tudo quanto venho de dizer, temos que o toponómio ALPALHÃO procede de voz anterior, a qual corresponde a significação etimológica do "ESPIRITO DO PAI E FILHO DIVINO", ou o que é o mesmo "ESPÍRITO DE DEUS".


Meu DEUS!, penso que o geral sobre esta nobre vila e uma fidalga  parecida com uma moura encantada, o blog o disse e o conseguiu registar num sorriso no mais doce prazer em seus olhos...

Mas a si Senhor Presidente da Câmara Municipal de Gavião, ao não ter a organização que V.ª EX.ª  lidera uma biblioteca, uma biblioteca entre as quinze existentes neste distrito, mas fazendo um contrato com a referida escola para a comunidade consultar - uma escola que agora se diz que é aberta à comunidade local e que não se tem nada a ver com o assunto, uma coisa é parecida quando o blog passou numa reunião de Câmara, lhe foi dito que para o ano que se aproxima se ia fazer a Carta Geológica da Freguesia de Comenda, mas, mas ao que parece tal deliberação não ficou registada e a coisa e momento se passou na referida reunião.

Se o conhecimento deve ser a todos e para todos e eu só quero ver se´existe algum elemento histórico sobre esta zona(s), se eu puder ver que o seja. Se quiser que eu continue a consultar o referido livro do Revendo, na boa-
Mas se não permitir que o jornal "Gavião com VOZ", se ao fim de tantos anos não se lhe apossar uma olhada, ele deve estar muito bem escondido, a coisa continua numa boa, mas não se lhe diga que se apoia a cultura,
30
Set10

O TOPÒNIMO DE MONTE DA PEDRA

DELFOS

PDM do Crato.
O blog " Terras do Monte da Pedra " pensa que PDM, nada mais é que o significado PLANO DIRECTOR MUNICIPAL...

Que importa?
O que importa é que a informação que escreve e cede, " Pertenceu ao Grão-Priorado do Crato. Segundo alguns, - Monte da Pedra -, o seu nome deriva da existência de duas pedras notáveis nos seus limites - PENEDO GORDO -, onde no Verão se juntava o cereal para o pão, que era depos malhado e fabricado por vários lavradores ao mesmo tempo e a "LAJE de STO. ESTEVÃO", assim chamada por estar perto de uma antiga Ermida de Sto. Estevão " e no fim da folha não há outra referência a não ser PDM do Crato...



21
Set10

O VERBO E O NASCIMENTO DE ALPALHÃO

DELFOS
"top. Anadia. Mação. Nisa. A presença de -p- e o facto de se tratar de uma forma presente não apenas em territórios meriodinais, leva-me a crer na possibilidade de estarmos na presença de forma híbrida, isto é, de mais um caso de artigo arábico ligado a voc. românico. A ser assim, talvez seja um der. de palha". (1)
(1) in " Dicionário Onomástico e Etimológico de Língua Portuguesa, de José Pedro Machado".

"A primitiva e a mais notável sua fundação foi no Monte dos Sete, aí foi esta terra e esta nobre vila, aí foi elaprimitivamente fundada...
Hoje, no tempo actual, estas terras de Alpalhão, o blog assim o pensa, acredita que estando lá citando o Pinho Leal em seu Portugal Antigo e Moderno, ela, ela continua situada em uma extensa planície, cercada de muros que não se sabe se ainda vão sendo assim lá tantos com a distância que já lá vai "com o seu castello, sendo este obra de D. Diniz, em 1300, e aquelles de D. João IV, em 1660."
Está tudo desmantelado" e " é regada pelo rio do seu nome" que esta é que não e assim lá muita confusão o blog assim o fica - era uma vez o Pinho Leal".
Não se sabe quem foram os fundadores d`esta villa - assim começa o parente Pinho Leal em seu Portugal Antigo e Moderno -, só se sabe que é antiquissima, pois já existia no tempo dos romanos, com o nome de Fraginum ou Fraxinum.
Outros porém dizem que Fraginum era a actual villa de Gavião e o nosso mui nobre amigo lá continua "Eram seus alcaides-móres e commendadores os marquezes de Arronches (ou de Abrantes). Uns auctores dizem que eram os de Arronches, outros dizem que eram os de Abrantes, no que julgo não haver engano, porque me parece que os últimos herdaram a casa e o título dos primeiros... "
20
Set10

GÀFETE O SEU NOME SE COMEÇA A REGISTAR

DELFOS
E de Gáfete, a coisa se começa a dizer assim, "Gáfete, top. Beja (Monte de Gáfete), Crato, Marvão, O m.q. Cáfede? Segundo L.V., "provalmente tem a mesma origem que a palavra espanhola gafeti ou algaphite, que Dozy, Gloss des mots espagn. et port. dériv, de l´árabe, ed. de Engelmann, 1869, pág. 119, tira do árabe "algâfit", nome de uma planta que os botânicos chamam agrimonia eupatoria... A palavra espanhola é pouco conhecida; pelo menos vários espanhóis que consultei não me souberam dizer como é que se pronunciava, ainda que o Dicionário da Academia dá gafeti sem acento, o que a faz crer que a supõe acentuada na penúltima sílaba; mas o árabe tem, como vimos, a longo" (Opúsc., III, p. 343). Segundo A. Costa (V. p. 928), havia Gafeta em 1527."
  
Foi apenas o José Pedro Machado, seu "Dicionário Onomástico ETimológico de Língua Portuguesa", apenas registou o dito nele...
20
Set10

INTRODUÇÃO AO TOPONÓMIO DE GAVIÃO

DELFOS
1.º "Mas este Gavião, que terra ela o é "É povoação antiquissima. Alguns sustentam que foi aqui a Fraginum ou Fraxinum dos romanos. Outros dizem que Fraginum é a actual vila de Alpalhão", mas como fica lá a coisa meu caro Pinho Leal, ou é ou não é...
Que irra é a coisa ainda mais confusa, que vem Dr. Joaquim Dias Loução "No tempo em que os romanos domina ram na Península hispânica, uma das três estradas que ligavam Lisboa à cidade de Mérida, então capital da Lusitânia, passava pela estação de Fraxinum que, segundo o Itinerário de Antonino, distava trinta e duas milhas da estação anterior, que era Tubucci. Fraxinum ficava no sítio onde hoje está situada a vila de Alpalhão. Houve quem tivesse dúvidas sôbre se a antiga Fraxinum seria Alpalhão ou Gavião. Mas desde que Tubucci ficava onde está a actual cidade de Abrantes, conforme a opinião dos mais autorisados antiquários, e sabido que a cada quatro milhas equivale uma légua, Fraxinum não podia ser Gavião que dista de Abrantes apenas quatro léguas, ou sejam desasseis milhas mas sim Alpalhão que se acha aproximadamente a oito léguas de Abrantes, e, portanto, à distância de trinta e duas milhas marcadas naquele itenerário"... e que fogo, que se vá lá entender estas coisas dos doutorados".

"- Da - Tentativa Etimológica-Toponímia do Abade de Miragaia - Vol. III - 1917 - Págs. 78 e 145 :
"GAVIÃO, GAVIÃO e ViÃO, povoações nossas, talvez sejam formas do mesmo nome, pois GAVIÃO deu ou podia dar GAVIÃO pela trivial substituição de ca por ga.
Por seu turno GAVIÃO, deu ou podia dar VIÃO, que, por seu turno vir de Bebianus - Bebiano, nome de um santo, etc., ou de vigião, grande atalaia ou vigia.
Confronto Atalaião, castelo desmantelado que eu já vi a montante de Portalegre.
Gavião pode também vir do castelhano Gavilanes, plural de gavilan -gavião". (1)
(1) in " Alexandre de Carvalho Costa, Gavião suas freguesias rurais e alguns lugares".

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