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alentejoaonorte

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03
Fev11

2.ª PROVA DOS VINHOS DOS PRODUTORES DO CONCELHO DE ALTER DO CHÃO

DELFOS
CONCURSO"Realizou-se pelo segundo ano consecutivo a Prova de Vinhos dos Produtores do Concelho de Alter do Chão, que teve lugar na freguesia de Chancelaria, no dia 29 de Janeiro.
Estiveram presentes 22 produtores, ficando em 1ºlugar o vinho de José Baltazar Cordeiro, de Alter do Chão, o 2º lugar foi para Armando Crespo, de Cunheira e em 3º Manuel Henriques Ferreira, de Cunheira.
A avaliar os vinhos do Concelho estiveram o Presidente e o Vereador da Cultura, da Câmara de Alter do Chão, Francisco Rolo, Vasco Damas e Manuel Cruz.
A 2ª Prova de Vinhos proporcionou um dia de convívio em Chancelaria, com um almoço aberto à população acompanhado de música tradicional portuguesa."
http://www.cm-alter-chao.pt/noticias/noticiasdet.asp?news=504
03
Fev11

CENTRO PALIATIVO DE NISA

DELFOS
Estatisticamente 50% das pessoas vão morrer com cancro e 90% morrem com doença prolongada. Para além disso, com o aumento da esperança de vida, as pessoas vão durante mais tempo enfrentar todas as consequências do envelhecimento, antecipando-se o aumento das suas necessidades.

Terça-feira, 7 de Dezembro de 2010
Conscientes da urgência de intervenção para o alívio do sofrimento, o Centro de Saúde de Nisa decidiu criar este espaço para que doentes e seus familiares possam colocar questões e A 18 de Dezembro de 2008, o Centro de Saúde de Nisa foi premiado pela Administração Regional de Saúde do Alentejo pelo esforço desenvolvido no âmbito dos cuidados continuados e paliativos.

Conscientes de que ainda temos muito caminho a percorrer, para podermos abranger todos utentes no concelho de Nisa, congratulamo-nos pelo reconhecimento público desse esforço. Mais se refere que ao nível dos cuidados paliativos, estão já a decorrer reuniões para oficializar a constituição de uma equipa de suporte comunitário de cuidados paliativos, com o objectivo de aproximar os cuidados de saúde aos doentes e seus familiares, tentando proporcionar a melhor qualidade de vida e bem-estar possível a aqueles que sofrem. Á medida que este serviço for evoluindo mais informações serão prestadas neste local....

Quando tudo deixa de fazer sentido…


…entregamo-nos à dor. Ansiamos que termine tudo. Ansiamos que termine a vida e oramos, sem saber bem a quê ou a quem, que tudo mude, ou que simplesmente deixe de interessar.


Quando tudo deixa de ser desejado, quando tudo nos é indiferente, se estamos ou deixamos de estar, quando o amanhã não nos reserva nada de bom, pensamos… QUERO MORRER!


Dificilmente deixamos de ter empatia com este tipo de sofrimento, pois de uma maneira ou de outra, em certos momentos da nossa vida pensamos o mesmo. Diferente é quando a nossa vida está já a terminar, resultado de alguma doença implacável. Aí a primeira coisa que nos vem à cabeça é: “já está a morrer por isso aproveita a vida!”


Palavras fáceis de dizer, mas que tantas vezes parecem não fazer eco, nem nas nossas mentes, nem nas dos demais. Como poderemos nós saber o que outro sente realmente? Como poderemos nós demonstrar que a vida merece ser vivida? Que sabemos nós do sofrimento “puro e duro” destes doentes? Aquilo que poderemos meramente ansiar são vislumbres de dor… vislumbres estes que o doente pode optar não nos mostrar… protegem-nos. Protegem-se!
Que sentido afinal para uma vida tão diferente daquela desejada? Com a guilhotina pendente sobre o pescoço, como poderemos encontrar sentido nos pequenos momentos? Não basta apenas desejar ser feliz! O esforço necessário para qualquer mudança poderá ser tão grande que um pequeno corpo com a alma amachucada poderá não ser capaz de realizar.

Que fazer? Deixa-te ir. Deixa-te levar pelo tempo e pelo sonho para a Terra do Nunca onde jamais seremos mortais!

Páginas recomendadas

03
Fev11

MOUSINHO DA SILVEIRA (JOSÉ XAVIER) - 1

DELFOS

MANUEL LOPES MAIA

MOUZINHO DA SILVEIRA
1780-1849


"Quero que o meu corpo seja sepultado no cemitério da ilha do Corvo, a mais pequena dos Açores, se isto não puder ser por qualquer motivo, ou mesmo por não querer o meu testamenteiro carregar com esta trabalheira, quero que o meu corpo seja sepultado na freguesia de Margem, pertencente ao Concelho de Gavião; são gentes agradecidas e boas, e gosto agora da ideia de estar cercado, quando morto, de gente que a minha vida se atreveu a ser agradecida"
do testamento de Mouzinho da Silveira

A gratidão de que Mouzinho da Silveira fala no seu testamento chegou viva às gentes de Margem, passados mais de 150 anos sobre a sua morte, que não esqueceram o seu apoio contra a opressão da Casa de Bragança a esta freguesia de Gavião.
Forjador de Portugal contemporâneo, Mouzinho da Silveira foi uma das personalidades mais importantes da revolução liberal, operando, com a sua obra de legislador, algumas das mais profundas modificações institucionais nas áreas da fiscalidade e da justiça. Entre as várias reformas da sua autoria destacam-se o desenvolvimento da agricultura, a abolição dos dízimos e a supressão da hereditariedade dos cargos políticos e de muitos outros privilégios.
José Xavier Mousinho da Silveira nasceu a 12 de Junho de 1780, em Castelo de Vide, oriundo de uma família de abastados proprietários rurais. Com 16 anos, parte para Coimbra para entrar no Curso de Leis de onde sai formado em 1802. Já em Lisboa, ingressa na magistratura que o leva a ocupar o lugar de Juiz de Fora de Marvão, localidade onde reside nos três anos subsequentes, participando activamente nos preparativos para a defesa daquela praça contra a ameaça napoleónica.
Em 1817 toma posse do cargo de Provedor da Comarca de Portalegre e em 1823 foi nomeado Ministro da Fazenda. Preso durante a Abrilada, tornou se intransigente defensor da Carta. Quando da consagração de D. Miguel, em 1828, exilou-se em Paris onde permanecerá até 1832. Regressou ao Parlamento dois anos depois para defender a sua obra legislativa.
Retirou-se da vida política durante os seus últimos dez anos de vida. Mouzinho da Silveira morreu em Lisboa, a 4 de Abril de 1849, sendo o seu corpo trasladado, em execução da sua última vontade, para a freguesia de Margem, onde lhe foi levantado em 1875, por subscrição do Jornal do Comércio, um monumento onde consta que estão depositados os seus restos mortais com uma escultura da autoria de Calmels. O monumento deve-se também em parte ao empenho de Manuel Lopes Maia de Gavião e grande amigo de Mouzinho da Silveira que, segundo tradição oral, terá prestado ajuda ao estadista quando este se encontrava em fuga, escondendo-o dos agressores na sua casa em Vale da Vinha.

Mas o blog "gavião no Alentejo" esteve lá, um presente que quem todos os anos sente uma honra enorme e lhe faz a romaria e homenagem e é sempre bom sentir um homem destes que tanta falta faz nestes tempos modernos.... Este país talvez tomasse outra direcção e rumo...

Escusado será dizer, texto ou lá post, a coisa foi tirada da http://www.cm-gaviao.pt/
A nobre fotografia e respectivo seu sambante, a do digno lavrador, mais empresário e talvez com muito mais capital que o Ramiro Leão que blog também conhece tão bem o seu perfil, o blog. , continua a dizer que se expanda lá o conhecimento, que o jornal "GAVIÃO com VOZ" esquecido ou lá trancado nalgum cofre não se tenha o prazer de lhe dar um cheirinho de sopa de letras e parece que o que se fez tem medo que o blog o divulgue e o que não é o caso.

Mas é grave, muito grave mesmo, o blog dizer que não havendo biblioteca se podia consultar a do antigo ciclo. que agira mudou para secundário e fica no mesmo lugar e poder confirmar o que os políticos da praça na altura disseram pois o blog leu e diz que está lá escrito. A sensação fica que as leis neste concelho mudam muito rapidamente. Mas mais grave ainda, é a edilidade, nobre e sublime Câmara Municipal de Gavião não me deixar tirar as referidas fotocópias do referendo padre...
Fará como quiser...
Mais grave ainda -sei que tenho que tenho que parar, uma resposta ao "Rato que Ruge" tenho que dar sobre a sua última postagem, pois penso, penso que a coisa não devia ter mudado assim tanto e como as pessoas são educadas - mais grave ainda vai a fazer cinco anos e nunca tive direito a fazer formação profissional neste concelho.
Não é emprego Jorge Martins. É apenas o constar, num programa ocupacional, aonde o senhor quisesse eu fazia-~lhe um levantamento etnográfico e o respectivo registo de possíveis outros elementos que tenham a ver com o assunto Agora o que é mais grave, se está fazendo formação, no que me toca, vai para dois anos seguidos e não há nada para ninguém e está tudo cheio sempre. Nunca tive possibilidade de fazer um curso, a coisa é só para alguns.
A informação não chega a todos, a esta terra, e depois manda-se vir a GNR dizer que eu ofendo uma rica senhora, só por eu lhe dizer que são sempre os mesmos. e se leva com a sola da bota na veia jagular do referido elemento só por eu continuar a dizer que é só para alguns.. Uma coisa parecida com campo de concentração no concelho. Neste concelho parece que há apenas uma raça ariana e os seu chefes, os responsáveis um manda para um e outro manda para outro...

Mas me estava esquecendo, o blog "Gavião no Alentejo" se estava esquecendo, as fotos de Manuel Lopes Maia e a do seu parente Ramiro Leão foram tiradas do "ALBÚM ALENTEJANO/ PEDRO MOURA". A coisa e assunto com muita pena, o blog leva a coisa para os princípios de 1935.


E ENQUANTO UNS TAPAM OS OLHOS, os OUTROS GOSTAM QUE OS OLHOS DE TODA A GENTE ESTEJAM ABERTOS...
03
Fev11

8.º TT PROVA DOS VINHOS EM VALE DE PESO

DELFOS

O site, "htpp://www.ttverde.com", anuncia no seu espaço:

Evento

Título:

8º Passeio TT Prova dos Vinhos
Data:
05.02.2011
Onde:
Vale do Peso - Concelho do Crato
Tipo:
TT Turístico

Descrição

Já se encontram abertas as inscrições para o 8º TT Prova dos Vinhos em Vale do Peso, a realizar no dia 5 de Fevereiro de 2011.


PREÇOS: Adulto - 30,00 "Rodas"
Crianças dos 6 aos 10 anos - 15,00 "Rodas"
Crianças até aos 5 anos - Grátis
(Reservamo-nos o direito de pedir documento oficial para confirmação da idade das crianças)

INCLUI: Passeio TT, 1 DVD por viatura com filme do passeio, 1 brinde por inscrito (excepto crianças dos 0 aos 5 anos), pequeno almoço, almoço e na parte da tarde entradea livre na já famosa Prova de Vinhos, onde termos saborosos petiscos oferecidos pela Junta de Freguesia de Vale do Peso

Informações e inscrições:

Rui Ferreira
961463575 -

geral@nucleoprogresso.com geral@nucleoprogresso.com

03
Fev11

MOUSINHO DA SILVEIRA (JOSÉ XAVIER) - 2

DELFOS

E do site e espaço http://causamonarquica.com/2011/01/13/jose-xavier-mouzinho-da-silveira/ se retira os seguintes elementos como que a querer dizer que a personagem sugere.

É um país que vivemos e cada vez se afasta mais da média da Europa. Parece que está mesmo no fundo da tabela que o blog apenas não acredita e deixou de acreditar neles se lho diga e vai a fazer muito tempo.

São personagens como esta e seres humanos desta dimensão que fazem falta nestes tempos modernos que correm.

O blog não resiste a esta tentação de aqui colocar um pouco mais do que foi esta pessoa e ser humano e senhor que foi.

Que fica um bocado triste.

Não conseguiu ainda ter o conhecimento total e saber a razão do seu último desejo de vir para estas terras e para a freguesia de Margem e terras de Vale de Gaviões e logo no concelho de Gavião onde a água sai da terra e corre a motes.

O parágrafo que político desta praça dá ao blog é muita curto e sabe muita a pouco...

José Xavier Mouzinho da Silveira

Publicado: Janeiro 13, 2011 por ramsoft

José Xavier Mouzinho da Silveira (Castelo de Vide, 12 de Julho de 1780Lisboa, 4 de Abril de 1849) foi um estadista, jurisconsulto e político português e uma das personalidades maiores da revolução liberal, operando, com a sua obra de legislador, algumas das mais profundas modificações institucionais nas áreas da fiscalidade e da justiça. Preso durante a Abrilada, tornou-se intransigente defensor daCarta Constitucional pelo que teve de se exilar em 1828. Regressou ao Parlamento em 1834 para defender a sua obra legislativa, mas exilou-se de novo em 1836. Retirou-se da vida política durante os seus últimos dez anos de vida.


Biografia

Mouzinho da Silveira nasceu a nao si que 12 de Julho de 1780 em Castelo de Vide, filho de uma família de abastados proprietários rurais. Depois de aprender as primeiras letras e o latim, parte para a Coimbra em Outubro de 1796, onde, até Junho do ano seguinte, frequenta os preparatórios para entrar no Curso de Leis, no qual se matricula em Outubro de 1797. Sai formado a 10 de Julho de 1802. O pai falecera em Maio de 1799, assumindo desde então Mouzinho, o filho mais velho, a sua independência económica. Mouzinho manterá um registo completo das suas receitas e despesas pessoais que incluirá no seu esboço autobiográfico.
Regressado a Castelo de Vide, ocupa os anos de 1803 e 1804 em tarefas relacionadas com a gestão do património familiar, particularmente em demandas resultantes do falecimento de sua avó materna. Em finais de 1804 parte para Lisboa onde na Corte sustenta até 1807, com êxito, a continuação naquele foro das demandas referentes ao património familiar. Foi testemunha ocular da entrada em Lisboa do exército invasor francês comandado por Junot em Novembro de 1807.
Terminadas as demandas que o trouxeram a Lisboa, Mouzinho da Silveira opta por não regressar a Castelo de Vide e ingressa na magistratura. Tomou posse a 1 de Março de 1809 do lugar de juiz de fora de Marvão, localidade onde reside nos três anos subsequentes, participando activamente nos preparativos para defesa daquela praça contra a ameaça napoleónica. Terminado o mandato, parte para Lisboa a 15 de Outubro de 1812.
Despachado juiz de fora de Setúbal toma posse do cargo a 29 de Maio de 1813, permanecendo naquele cargo até 22 de Novembro de 1816. Terá exercido desde 2 de Maio de 1814 as funções de juiz do Tombo dos Bens da Casa Real no termo de Lisboa.
Regressando a Lisboa, Mouzinho é nomeado Provedor da Comarca de Portalegre. Chegado a Portalegre a 21 de Janeiro de 1817, toma posse do cargo de Provedor a 5 de Março, mantendo-se nele até 2 de Janeiro de 1821. Concorreu às eleições de 1820, não tendo sido eleito.
Em Fevereiro de 1821 foi encarregado da diligência de arrecadação da Fazenda em Estremoz e de visitar as comarcas de Évora e Ourique a respeito de determinar o estado daarrecadação pública em todos os ramos, diligências que não cumpriu por ter sido despachado a 11 de Abril administrador-geral da Alfândega Grande do Açúcar, em Lisboa, cargo de que tomou posse a 15 de Maio.
Sendo administrador da Alfândega foi nomeado, a 28 de Maio de 1823, Ministro da Fazenda. Sobrevindo de imediato a Vilafrancada, Mouzinho foi confirmado no lugar de Ministro por decreto de 31 de Maio, sendo logo demitido por Decreto de 19 de Junho. Sobre aquele nomeação escreve Mouzinho: Sendo administrador da Alfândega fui obrigado muito contra a minha vontade a ser Ministro da Fazenda no dia 29 de Maio de 1823, e sobrevindo o restabelecimento da monarquia absoluta, tive a minha demissão no dia 15 e voltei para o emprego da Alfândega, conservado nas honras de Ministro (Mouzinho da Silveira, Obras, volume I, p. 302). Nesta curta passagem pelo Governo, Mouzinho conseguiu apenas ver promulgado o Decreto de 12 de Junho de 1823, revogando os impostos e décimas especiais que haviam sido estabelecidos por lei de Março daquele ano.
Na sequência da Abrilada, Mouzinho é preso a 30 de Abril de 1824. Encerrado no Castelo de São Jorge, ali permanece até 14 de Maio, data em que é libertado em conjunto com outros presos políticos.
Por Decreto de 8 de Agosto de 1825, Mouzinho foi elevado às honras de fidalgo cavaleiro da Casa Real.
Manteve actividade na área da fiscalidade, sendo nomeado em 12 de Novembro de 1825 membro da junta encarregada de elaborar um regimento da alfândega geral que se pretendia criar em Lisboa. Participa ainda nos trabalhos das juntas encarregues de propor a revisão dos tratados de 1810 com o Reino Unido e de 1825 com o Brasil.
Nas eleições de Outubro de 1826 é eleito deputado pelo Alentejo, integra a Comissão da Fazenda da Câmara dos Deputados, centrando a sua actividade parlamentar em matérias de fiscalidade e de gestão do património nacional.
Sentindo necessidade de se exilar, em Março de 1828 pediu licença para viajar por um ano, saindo de Lisboa a 3 de Abril e chegando a Paris a 15 do mesmo mês. Permanecerá em Paris até 1832, desenvolvendo estudos sobre fiscalidade e mantendo intensa troca epistolar com amigos e familiares em Portugal. Durante este período a sua situação patrimonial começa a degradar-se seriamente, reflexo da sua ausência e da profunda crise económica que afecta Portugal. A esposa e o filho ficarão definitivamente em Paris, já que Mouzinho insiste que este receba uma educação que deveria incluir conhecimentos de línguas (incluindo o alemão) e de química e outras ciências que então não estavam disponíveis em Portugal. Encaminha o filho para a indústria da tanoaria e da química, não conseguindo contudo, apesar da tanoaria de que foram sócios, recuperar nunca o desafogo financeiro que buscava.
Foi nomeado em 7 de Fevereiro de 1831 membro da comissão consultiva que substituiu o Conselho de Estado junto da Regência em nome de D. Maria. A 6 de Junho do mesmo ano foi convocado para fazer parte, como membro da Comissão da Fazenda da Câmara dos Deputados, da comissão encarregue de angariar os fundos e obter os empréstimos necessários a subsidiar a causa liberal.
Estando em Paris foi convocado para acompanhar D. Pedro IV na sua campanha pela implantação do liberalismo em Portugal, saindo daquela cidade a 25 de Janeiro de 1832 com destino à ilha Terceira, para onde embarcou em Belle-Isle.
Tomou posse do cargo de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e interino dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça em Angra a 2 de Março de 1832. A 23 de Abrilde 1832 acompanha D. Pedro IV de Angra para Ponta Delgada, cidade de onde a 27 de Junho parte com a força expedicionária a caminho do Mindelo. Enquanto nos Açores vê promulgados 24 Decretos e uma Portaria por si propostos e reformula toda a administração das ilhas.
Desembarca no Mindelo a 8 de Julho, seguindo para o Porto, onde é cercado pelas forças de D. Miguel. Durante a sua permanência no Porto prossegue a promulgação das suas reformas, sendo publicados mais 20 Decretos e uma Portaria.
A 9 de Agosto, em completo desacordo com o andamento das finanças públicas, particularmente com os empréstimos obtidos por Palmela, e acossado pelos seus correligionários que o acusavam de radicalismo e insensatez, pede a demissão dos cargos que ocupava, demissão que lhe foi concedida a 3 de Dezembro de 1832 por Decreto de D. Pedro IV.
Abandonou o Ministério exactamente 9 meses depois de ter sido nomeado, deixando como legado 44 Decretos e duas Portarias que lançam as bases da moderna fiscalidade portuguesa e introduziram uma profunda reforma no sistema judiciário. Neste curto espaço de tempo, e em plena guerra civil, Mouzinho afirmou-se como uma das personalidades dominantes do liberalismo em Portugal. Impostos há, como o da sisa, que até há pouco se mantiveram no essencial semelhantes ao que por ele foi estabelecido. A ele se deve a fundação do Supremo Tribunal de Justiça e a estruturação do Ministério Público.
Durante o mês de Dezembro de 1832 e o mês de Janeiro de 1833 é encarregue de obter fundos para as forças liberais, participando num cruzeiro à Barra de Lisboa (a cidade estava ainda na posse das forças afectas a D. Miguel) e desenvolvendo actividades em Vigo. Com o aprofundar da sua discordância em relação à condução das finanças públicas, Mouzinho é demitido das suas funções de angariação de fundos e nomeado Director da Alfândega. Contudo, parte de novo para o exílio em Paris a 19 de Março de 1833.

Regressado a Portugal, a 11 de Setembro de 1834 entra para a Câmara dos Deputados, aí permanecendo, com algumas intermitências, até1836, sempre na defesa intransigente da legislação da sua autoria e mantendo uma constante intervenção em matérias de fazenda pública. Nas eleições de 1835 foi reeleito deputado pelo Alentejo.
A 16 de Agosto de 1836 recusa-se a jurar a Constituição de 1822 e demite-se de Director da Alfândega. Foi preso e quando libertado exila-se novamente para França.
Regressa a Portugal em 1839, entrando para a Câmara dos Deputados a 15 de Fevereiro desse ano. Permanece naquela Câmara até 1840, novamente intervindo em matérias de fazenda pública.
Em 1842 candidata-se a deputado pelo Alentejo, perdendo a eleição por 2 votos. A 1 de Dezembro de 1844 Mouzinho é encarregue de elaborar um regulamento geral das alfândegas.
A sua situação financeira pessoal parece melhorar em 1846, mas as expectativas colocadas no filho são goradas e a sua saúde vai-se deteriorando. A esposa permanece em Paris.
José Xavier Mouzinho da Silveira morreu em Lisboa,a 4 de Abril de 1849, sendo o seu corpo transladado, em execução da sua última vontade, para a freguesia da Margem, concelho de Gavião, onde lhe foi levantado em 1875, por subscrição do Jornal do Comércio, um monumento. Do monumento consta uma escultura da autoria de Célestin Anatole Calmels.
Na Sala dos Passos Perdidos, Palácio de São Bento, Mouzinho da Silveira é homenageado numa pintura a óleo de Columbano Bordalo Pinheiro. Também, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa, Mouzinho figura numa pintura a óleo de José Rodrigues executada em 1866. O Museu Grão-Vasco, em Viseu, possui um retrato de Mouzinho da autoria de Columbano.
No segundo centenário do seu nascimento (1980) foi colocado em Castelo de Vide, sua terra natal, um monumento comemorativo. Em muitas cidades do país existem arruamentos denominados em sua memória, o mesmo acontecendo com estabelecimentos escolares no Corvo, com a Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira, e em Portalegre, com a Escola Secundária Mouzinho da Silveira.

Caricatura de Mouzinho da Silveira aquando da sua passagem pelos Açores. Note-se a pena fumegante de tanto legislar…


Mouzinho da Silveira e os Açores

Uma parte importante da reforma do sistema político e económico levada a cabo por Mouzinho da Silveira foi feita durante a permanência nosAçores de D. Pedro IV e da Regência. Se muitas das medidas são de carácter geral, muitas são específicas e tiveram uma particular incidência nas ilhas.
As medidas tomadas mereceram a gratidão do povo açoriano, particularmente dos agricultores que se viram livres dos entraves resultantes dos morgadios. Particularmente beneficiada foi a população da ilha do Corvo, que ainda hoje recorda a libertação do jugo feudal a que estava submetida através do pagamento de um pesado tributo ao donatário da ilha. Conhecendo essa gratidão, Mouzinho da Silveira incluiu no seu testamento a seguinte cláusula: Quero que o meu corpo seja sepultado no cemitério da ilha do Corvo, a mais pequena das dos Açores, e se isto não puder ser por qualquer motivo, ou mesmo por não querer o meu testamenteiro carregar com esta trabalheira, quero que o meu corpo seja sepultado no cemitério da freguesia da Margem, pertencente ao concelho de Gavião; são gentes agradecidas e boas, e gosto agora da ideia de estar cercado, quando morto, de gente que na minha vida se atreveu a ser agradecida.
A gratidão de que Mouzinho da Silveira fala no seu testamento chegou viva aos nossos dias. Passados mais de 150 anos sobre a sua morte, e apesar de ter sido sepultado em Margem, Gavião, e não na ilha do Corvo, o único estabelecimento de ensino daquela ilha, a Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira, perpetua o nome do estadista que, por Decreto promulgado em Ponta Delgada a 14 de Maio de 1832, soube acudir à miséria e opressão em que viviam os corvinos.
Mouzinho da Silveira, então Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e Ministro interino dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça por aquele diploma reduziu substancialmente, em resultado de uma representação que lhe dirigiram os habitantes do Corvo, o pagamento a que estes, tal como os habitantes de algumas freguesias da ilha das Flores, estavam obrigados a fazer anualmente aodonatário, aliviando assim um jugo que conduzia à fome e miséria generalizadas naquelas ilhas.
Não há texto sobre a história do Corvo que não refira o papel de Mouzinho na libertação da ilha do aforamento, mas foi Raul Brandão, em As Ilhas Desconhecidas, quem melhor soube captar as memórias que ainda aquando da sua visita ao Corvo, em 1924, perduravam na tradição oral dos corvinos:
À noite vêm conversar comigo à casa onde durmo. A luz é escassa: ficam à frente o Hilário, o Cabo do Mar, uma ou outra mulher e, ocultas na sombra, fisionomias que, quando se aproximam da candeia, ressaltam cheias de relevo e carácter: a boca que quer falar, a mão que reentra logo no escuro… Todas têm um ar de família. O senhor Manuel Tomás, de setenta e cinco anos, barba grisalha e curta, olhos pequeninos e já velados pela névoa da idade, um dos grandes proprietários da ilha, conta-me o Corvo de outros tempos:
Fome! muita fome! … A ilha andava avexada: pagava quarenta moios de trigo e oitenta mil réis em dinheiro ao senhorio de Lisboa. A gente — inda me lembro — andava vestida com umas ceroulas compridas, por cima um calção de lã, tingido de preto com mantrasto e uma jaqueta aos ombros, a barba toda e uma carapuça na cabeça. Não havia lumes. O lume conservava-se nas arestas do linho e quando sucedia apagar-se iam-no buscar à alâmpada da igreja … Fome! Muita fome! O mais que se comia era junça, uma planta que dá uma semente pequena debaixo da terra, de que se alimentam os porcos.
Moía-se nas atafonas e fazia-se farinha e bolos… Às vezes trocava-se uma terra por um bolo de junça. Fome!
Em Maio vieram do Corvo à Terceira os ilhéus mostrar ao filósofo o pão negro que comiam, e pedir protecção ao tirano. Era uma cena antiga: parecia uma das velhas repúblicas da Grécia, e Mouzinho de facto um Licurgo, um Sólon, com doutrinas, porém, opostas às dos antigos. No pão negro dos ilhotas do Corvo, escravizados pelas rendas do donatário da ilha, viu o ministro um verdadeiro crime, e a teoria que o dominava embarcou-o em conclusões temerárias. Só reduzia a metade, não abolia o foro; mas acrescentava: — Vão passando os tempos em que se entendia que a terra tinha um valor antes de regada com o suor dos homens, nem é possível o contrário quando a broca da análise vai penetrando o mundo.Portugal Contemporâneo — Oliveira Martins.
O pão era o de junça.
Está gente de pé à porta. Escutam da cozinha, e lá para o fundo da sala há outros atentos na sombra que remexe.Muita fome! E as mães diziam: — Deixa-me guardar este bolinho de junça para os meus meninos comerem pelo dia fora! — Exclama um tipo curioso de mulher com a pele lívida revestindo-lhe os ossos, uma fisionomia cheia de expressão e os olhos cobertos por uma membrana tão fina como a película dum ovo. E continua: — Chegavam a comer raízes de fetos… E saiba o senhor que o grande erro deste mundo vem de um engano de S. Pedro. Nosso Senhor disse-lhe um dia: — Pedro, vai fora da porta e diz ao mundo: — O pobre que viva do rico. — Mas S. Pedro chegou à porta, enganou-se e disse: — Ouçam todos que têm ouvidos para ouvir — o rico que viva do pobre!…
Não foram apenas os corvinos que beneficiaram da curta passagem pelos Açores de Mouzinho da Silveira. A capacidade legislativa do Ministro, e a circunstância de o poder estar sediado nos Açores, criou as condições necessárias para uma vasta reforma legislativa cujas consequências ainda hoje se sentem. Há quem considere que a relativa equidade social existente em algumas ilhas dos Açores, em particular na ilha Terceira, em contraste com a de S. Miguel onde o diploma não teve aplicação generalizada, tem as suas raízes no Decreto de 4 de Abril de 1832, promulgado em Angra sob proposta de Mouzinho da Silveira, que extinguiu os morgadios, capelas e vínculos de menor dimensão.
Exilado em França desde Abril de 1828, Mouzinho da Silveira embarcou em 25 de Janeiro de 1832 em Belle-Isle com destino à Terceira. Recém-chegado a Angra, a 3 de Março é nomeado Ministro dos Negócios da Fazenda e, interinamente, Ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça. A 23 de Abril acompanha D. Pedro IV de Angra para Ponta Delgada, cidade de onde a 27 de Junho parte com a força expedicionária a caminho do Mindelo, onde desembarca a 8 de Julho. A 9 de Agosto pede a demissão dos cargos que ocupava, demissão que lhe foi concedida a 3 de Dezembro de 1832 por Decreto de D. Pedro IV. Apesar de ter ocupado o cargo de Ministro durante apenas 9 meses, e em plena guerra civil, Mouzinho deixou um legado legislativo que influenciou decisivamente o futuro do país nas áreas da fiscalidade, da organização administrativa do território e da justiça. Impostos há, como o da sisa, que ainda hoje se mantêm no essencial semelhantes ao que por ele foi estabelecido. A ele se deve a fundação do Supremo Tribunal de Justiça, a estruturação do Ministério Público e a criação do embrião do ensino liceal.
Nos escassos cinco meses durante os quais permaneceu nos Açores (Fevereiro a Junho de 1832), Mouzinho para além de uma intensa actividade legislativa (viu promulgados 24 Decretos e 1 Portaria) ainda foi capaz de produzir alguns estudos sobre a economia das ilhas e esboçar algumas medidas para o seu desenvolvimento.
Os manuscritos e impressos de Mouzinho, incluindo os referentes aos Açores, foram reunidos em edição crítica, coordenada por Miriam Halpern Pereira, e publicados pela Fundação Calouste Gulbenkian. Para além da transcrição da generalidade dos documentos conhecidos, a obra inclui estudos sobre diversos aspectos do pensamento de Mouzinho. Os documentos referentes especificamente aos Açores estão reunidos num grupo documental intitulado Ilhas de S. Miguel, do Corvo e das Flores (cap. VII – Ilhas dos Açores, vol. II, pp. 1235–1259) contendo os seguintes documentos:
  • Carta de Pedro José Caupers acerca do prazo das ilhas das Flores e do Corvo
  • Apontamentos sobre a situação económica nas ilhas das Flores e do Corvo
  • Documento do juiz de fora das ilhas das Flores e do Corvo sobre os dízimos
  • Parecer sobre a economia da ilha do Corvo
  • Parecer sobre a economia da ilha de S. Miguel
  • Acórdão da Câmara da Vila da Ribeira Grande sobre uma revolta miguelista
  • Carta sobre o aforamento dos baldios da Real Junta do Melhoramento da Agricultura (na Terceira?)
  • Notas sobre medidas a adoptar para o desenvolvimento da ilha de S. Miguel

  • Fonte Wikipédia
03
Fev11

ROTA DOS MOINHOS - 2.º PASSEIO TT EM ATALAIA (GAVIÃO)

DELFOS
Vai o Clube Atlético e Recreativo de Atalaia em dia 13/2/2011 realizar o seu
Segundo Passeio TT - Rota dos Moinhos.

É daquelas coisas que surpreende sempre. Não deixa de ser a mais pequenina freguesia deste concelho e vai deixar de existir como freguesia a dar cartas a outras no mesmo espaço e se calhar a muito boas gentes neste país. Que não verga a dita. Como que morra homem mas que lhe fique a mais doce e boa fama. Não deixa de ser um exemplo - se calhar para a de Arez que lhe segue os mesmos passos e também uma morte anunciada - a sugerir uma forma de combater o isolamento.

Mas venham venham a ela no dia 13 de Fevereiro do presente ano que ela merece e tem um certo mistério que deixa uma dúvida no ar e se lhe acrescenta o Museu da Margalha com coches e uma boa pinga de duas empresas do ramo aqui na zona e dizem que ela é mesmo muita boa e dá uma pedalada, o precioso líquido.

Tem a orientação de caravana e a dificuldade é média-baixa.
Não esquecam. Fica no concelho de Gavião estas terras de Atalaia, pequenina, mas do tamanho do mundo.
03
Fev11

O FORAL DA VILA DO CRATO

DELFOS
OCRATE

CRATO

1232

Hujus foralis autographum exemplar. ex quo textum descripsimus. in Publico Archivo ab antiquo servatur.

In nomine sancte et indiuidue trinitatis patris et filii et spiritus sancti. Amen. Ego dom melendo gundisalui prior de portugal de la ordim do espital una cum conuentu nostro uollumus populare ocrate. Damus uobis populatoribus tam presentibus quam futuris foros et costumes de nisa: ut duas partes dos caualeros uadant in fossado, et tercia pars remaneat in cuiuitate: et una uice faciant fossadum in anno: Et qui non fuerit ad fossadum pectet pro foro v solidos pro fossadeyra. E pro homicidio pectet e solidos ad palacium. Et pro casa derrota, cum armis, scutis, e spatis, pectet ccc solidos e VII.ª ad palacium. Et qui furtauerit, pectet pro uno nouem, et habeat intentor duos quiniones, et VII partes palacio. Et qui mulier aforciaret et illa clamando dixit quod ab illo est aforciata et ille negaret, det illa autorgamento de tres homines tales qualis ille fuerit, ille iuret cum XII: Et si non habuerit outorgamento iuret ipse solus: Et si non potuerit iurare, pectet ad illam ccc solidos et VII.ª ad palacium. Et testimonia mentirosa, et fidele mentiroso, pectet Lx.ª solidos et VII ad palacium, et duplet el auer. Et qui in concilio aut in mercado aut in ecclesia feriret pectet Lx solidos, medios palacio, et medios concilio et de medio de concilio VII.ª ad palacium. Et omo qui fuerit gentile aut heradoro qui non seat meirino. Et qui in uilla pignos afllando aut fiador et ad montem fuerit prendrar duplet la prendra, et pectet Lx solidos et VII.ª ad palacium. Et qui non fuerit at sinal de iudice et pignos sacudiret ad sayon, pectet I solidum ad iudicem. Et qui nom fuerit ad apelidum caualeiros et peones exceptis hiis qui sunt in seruicio alieno, miles pectet x solidos, peon v solidos ad uicinos. Et qui habuerit aldeam et unum iugum de boues, et xxxx oues, et unum asinum, et duos lectos comparet cauallum. Et qui quebrantauerit sinal cum sua muliere, pectet I solidum ad iudicem. Et mulier que lexauerit suum maritum de benedictione, pectet ccc solidos et VII.ª ad palacium. Et qui lexauerit mulierem suam, pectet I denarium ad iudicem. Et qui cauallum alienum caualgauerit, pro uno die pectet unum carnarium, et si magis pectet las angeyras, pro I.º die VI dineyros, et pro una nocte I solidum. Et qui feriret de lancea aut de spada, por la entrada, pectet xsolidos: Et si trociuerit ad aliam partem pectet x solidos: Et si trociuerit ad aliam partem pectet xx solidos al quereloso. Et qui quebrantauerit oculum aut brachium aut dentem pro unoquoque membro pectet e solidos a lisado, et ille det VIIª ad palacium. Qui mulierem alienam ante suum maritum feriret, pectet xxx.ª solidos et VII.ª ad palacium. Qui conducteiro alienum mactaret, suo amo colligat homicidium et det VII.ª a palacio: similiter de suo ortolano et de quarteyro et de suo molneyro et de suo solarengo. Qui moion alieno in suo ero mudaret, pectet v solidos et VII.ª palacio. Qui linde alieno quebrantauerit, pectet v solidos et VII.ª palacio. Qui habuerit uassalos in suo solar, aut in sua hereditate nom seruiant ad alium hominem de tota sua facienta nisi ad dominum de solar. Tendas, molinos et fornos de omines de ocrate, sint liberi de foro. Milites de ocrate sint in iudicio pro podestades et infanzones de portugal: Clerici uero habeant mores militum: Pedones sint in iudicio pro caualeiros uilanos de alia terra. Qvi uenerit uozeyro ad suum uicinum pro homine de foras uilla, pectet x solidos et VII.ª ad palacium. Ganado de ocrate non sit montado in nulla terra. El homo a qui se anafragaret suum adestrado, quamuis habeat alium, sedeat excusatum usque ad capud anni. Mancebo qui mactaret hominem foras uille et fugerit, suo amo nom pectet homicidium. Pro totis querellis de palacio iudex sit uozero. Qvi in uilla pindrar cum sayone et sacudirent ei pinnus autorguet el sayon et prendat concilio de tres colaciones, et prindet pro Lxª solidos, medios al concilio, et medios ad rancuroso. Barones de ocrate nom sint in prestamo dati. Et si omines de ocrates habuerint iudicium cum hominibus de alia terra, nom currat inter illos firma, sed currat per esquisia aut repto. Et omines qui quesierint pousar cum suo ganato in termino de ocrate, prendant de illis montadigo, de grege de ouibus un carnarios, et de busto das uacas una uaca: Istud montadigo est de concilio. Et omines milites qui fuerint in fossado uel guardia omins cauallos (sic) qui se perdiderint in algara uel in lide primo erectis eos sine quinta et postea detis nobis quintam directam. Et totus homo de ocrate qui inuenerint omines de aliis ciuitatibus in suis terminus taliando aut leuando madeyram de montes premdant totum quod inuenerint sine calumpnia. De azarias et de guardas quintam partem nobis date sine ulla offrecione. Quicunque ganatum mistigo pignorare uel rapere fecerit, pectet Lxª solidos ad palacium, et duplet ganatum suo domino. Testamus uero et perhenniter firmamus, quod quicunque pinnorauerit mercadores uel uiatores christianos, iudeos siue mauros, nisi fuerit fideiussor uel debitor quicunque fecerit pectet Lx solidos palacio, et dupplet ganatum quod prendiderit ad suum dominum: et insuper pectet e morabitinos pro cauto quot fregerit: prior et conuentus habeat medietatem, et concilium medietatem. Siquis ad uestram uillam uenerit per uim cibos aut aliqua res accipere, et ibi mortuus uel percussus fuerit, ad priorem uel ad dominum terre uenerit, pectet c morabitinos, medietatem priori et conuentui, et medietatem concilio. Mandamus et concedimus, quod si aliquis fuerit latro, et si iam per unum annum uel duos furtari, uel rapere dimiserit, si pro aliqua re repetitus fuerit quam comisit, saluet se tanquam latro: Et si latro est et si latro fuit omnino pereat et subbeat penam latronis: Et si aliquis repetitur pro furto et non est latro neque fuit, respondeat ad suos foros. Si aliquis homo filiam alienam repuerit extra suam uoluntatem, donet cam ad suos parentes, et pectet eis ccc morabitinos et VII.ª palacio, et insuper sit homicidi. De portagem: foro de troxel de cuallo de pannis de lanna uel de lino, I solidum: De troxel de lana I solidum: De troxel de fustanes, v solidos: De troxel de panos de color, v solidos: De carrega de pescado, I solidum: De carrega de asino, VI denarios: De carrega de christianis de coniliis, v solidos: De carrega de mauris de coniliis, I morabitinum: Portagem de cauallo qui uendiderint in azougue, I solidum: De mulo, I solidum: De asino, VI denarios: De boue, VI denarios: De carneyro, III mealias: De porco, II denarios: De foron, II denários: De carrega de pane et uino, III mealias: De carrega de peon, I denarium: De mauro que uendiderint in mercato, I solidum: De mouro qui se redimerit, decimam: De mouro qui taliat cum suo domino, decimam: De coiro de uaca et de zeura, II denarios: De corio de ceruo et de gamo, III mealias: De carrega de cera, v solidos: De carrega dazeyte, v solidos: Istud portagem est de homines foras uille, tercia de suo hospite, et duas partes de priore et conuentu. Ego domnus melendus gundisalui prior de o espital una cum conuentu nostro, hanc cartam confirmauimus, et roborauimus. Et siquis hanc cartam irruperc uoluerit uel contradicere, sit maledictus, et excomunicatus. Amen. Facta carta idus octo dies decebrii (sic). Sub era M.ª CC.ª LXX,ª
Frater Johannes menendi comendator belueer conf. -- Frater Martinus iohannis cappellanus sartaginis conf. -- Frater Menendus pelaggi capellanus prioris conf. -- Frater Johannes pelagii conf. -- Frater Stephanus michaelis conf. -- Frater J. ramiriz conf.
Frater M. petri budel -- Frater Laurencius suerii -- Frater Stephanus iohannis -- Frater Dominicus petri -- Frater Pelagius -- Frater M. gonsalui -- Frater P. Saluati, test.
P. pelagii presbiter -- P. gonsalui presbiter, test.
Dominicus pelagii -- Laurencius gomecii --
Johannes martini -- M. pelagii iudex, test.
O trabalho exposto e batido na tecla é uma EDIÇÃO da CÂMARA MUNICIPAL DO CRATO. Foi a mesma realizada e publicada, a edição, o ano de 1995 decorria quando esta 3.ª edição foi publicada. O seu autor, um senhor chamado M. INÁCIO PESTANA. O título que deu ao seu manuscrito e obra literária - a que nos estamos a referenciar - o referido senhor escolheu FORAL DA VILA DO CRATO. É uma obra e um livro - segundo as palavras do mesmo - o texto que publicou, a atrás citado, é o texto original e foi publicado por Alexandre Herculano in PORTUGALIAE MONUMENTA HISTORICA / Leges et Consuetudines / Vol. I / Fasc. IV. 1856


Mas o blog, o "ALENTEJO no NORTE" ao vosso dispor, apenas diz que o testamento e o legado é muito. Gostava de voltar e assim a edilidade e respectiva Câmara Municipal do Crato assim lho permita. Acabar o que deixou o blog ficar pela metade. Não deixaria de ser um prazer imenso de quem vive este Alentejo e que começa aqui no Norte Alentejano e distrito de Portalegre, este Crato, este concelho um dia imenso que tinha debaixo de si e era o coração e o dono de 12 vilas e muita boa gente diz que elas eram acasteladas. Não compreendeu ainda o blog como é que a coisa chegou a este presente. Lhe estão tirando tudo, a esta Rainha e Rei de um dia e um poder imenso entre as suas e nas suas terras e como a coisa abalou e partiu. Que não compreende e não consegue compreender como se perde uma virilidade e uma força tremenda e se perdeu a influência em passados assim muita passados. Não faz sentido ou lá uma compreensão muita lenta. Ao menos, por favor, não lhe queiram roubar a linha do comboio e os projectos que existem para esta Zona... Mas gostava de voltar ao que deixou ficar pela metade. A coisa e assunto traduzido "ainda tem mais encanto" e estas terras do Crato, este concelho do Crato, esta região ainda é muito mais imensa...
03
Fev11

A PINGA NO CONCELHO DE GAVIÃO É MUITA QUALIDADE

DELFOS

Uma Pausa no Gavião


A região, Gavião, não é propriamente conhecida pelos seus vinhos, aliás, os produtores locais são tão poucos e recentes que contam-se pelos dedos de uma mão os vinhos de qualidade saídos deste Norte Alentejo, paredes meias com o rio Tejo, com as Beiras e o Ribatejo logo ali à espreita. Uma encruzilhada de solos, climas, paisagens.


Com este cenário, foram poucos, ainda, os produtores que se aventuraram numa região onde o nome não vende, apesar de jurarem a pé juntos que este é um dos melhores terroirs de Portugal.

Um deste aventureiros, Ilex, entrou com os seus vinhos no mercado com a colheita de 2006 e, presentemente, nas prateleiras, está a colheita de 2007 e o reserva de 2006, vinhos esses já medalhados em vários concurso nacionais e internacionais.




Curiosa a escolha das castas, onde a Touriga Nacional está em largo destaque, mas onde também temos a nortanhasTinta Barroca e o Tinto Cão, nas nossas, e Petit Verdot, nas imigrantes, uma casta cada vez mais usada em terras alentejanas derivado ao aumento das temperaturas, dizem os entendidos.




Pausa tinto 2007

Um vinho que vive da fruta séria e da frescura que apresenta na boca, que o faz um bom parceiro para o dia a dia, apesar do preço já andar por volta dos 6/7 euros. (87/100)


Pausa Reserva tinto 2006

Mais concentrado, a mesma fruta elegante, aromas que nos transportam para o campo, com madeira bem integrada, boa frescura. Um bom vinho, com qualidade evidente. Custa cerca de 10 euros. (90/100)

In http://pingamor.blogspot.com/2011/01/uma-pausa-no-gaviao.html

03
Fev11

TOLOSA ULTRAPASSA A FRONTEIRA

DELFOS

De informação Particular, de 6 de Janeiro de 1977, oferecida por António Augusto Batalha Gouveia:
"Dos inúmeros topónimos portugueses cuja origem lexial remota a um passado linguístico pré-indo-europeu, TOLOSA é um deles como se irá ter ocasião de verificar.
Tem-se dito que esta graciosa vila do Alto Alentejo foi fundada por elementos do mesmo clã que no sudoeste francês e na vizinha Espanha fundaram outras "Tolosas".
Quer isto dizer que o estudo relativo à origem do topónimo Tolosa servirão simultâneamente aos três países.

Acerca da Tolosa francesa (Toulouse), o Grande Larouse refere que o nome da importante cidade do Alto-Garona teria origem no apelido do rei mítico Tolus, descendente de Jafeth, um dos filhos do Noé bíblico. Por esta lenda, que alguma verdade encerra, se pode aquilatar da extrema antiguidade do topónimo Tolosa.
O interesse da lenda reside na circunstância de os escribas bíblicos considerarem Jafeth como o ancestral dos povos não semíticos nem camíticos, o que o coloca como o Pai dos povos indo-europeus e asiânicos. Estes asiânicos também conhecidos pelos nomes de turânicos ou simplesmente túrias, cujo "ubi", original havia sido o planalto do Turam, habitavam a Ásia Central e Setentrional, tendo-se dividido em três grupos a saber: os Sumérios, que ocupam o sul do Iraque: os Hurritas, que se estabeleceram entre a Síria e o Iraque, e finalmente, os Pro-Hititas que se espalharam pela Anatólia.
Entre os quatro e terceiros milénios da nossa era, operou-se uma migração maciça dos povos turânicos, os quais irradiaram para o Ocidente em várias direcções, tendo atingido a Itália, a Gália e a Ibéria.
Na Itália fundaram o reino da Atúria, nome que os romanos corromperam em Etrúria, designando o mar que lhes ficava fronteiro de Turano, fonetizando Tyrreno pelos habitantes do Lácio. Os turanos ou túrias, tinham como tótem tribal o touro (da raiz Tur), o qual era associado aos astros que comandavam as forças vitais da natureza, principalmente aquelas relacionadas com as perturbações atmosféricas.
O nome português tirano tem origem no gentílico turano, envolvendo aquele o conhecido conceito de "soberano absoluto" ou "despótico".
Entre os etruscos, conhecidos pelos gregos sob o nome de Tyrrenos, pontificava uma deusa do mar chamada Turam, a qual tinha a beleza fascinante da Afrodite grega e da Vénus romana.
Na faixa ocidental ibéria, os historiadores antigos registam a presença de clãs turânicos, tal como se reconhece nos gentílicos Turdetanos, Turoldis, Turones, Túrdulos, etc., povos que habitavam principalmente a área compreendida entre o Rio Mondego e o Litoral Algarvio.
O topónimo pré-cristão de Portalegre era Turóbriga, a qual a Turóbriga foi tempos pré-romanos sede de uma área cultural dedicada a uma divindade Atalgina Turobrigensis Dea.
O fonetismo incipiente das falas pré-indo-europeias, deu lugar a que o timbre da vogal imediana nas bases triliterais sofresse variações, o que fez com que a voz Tur também revestisse a prosódia Tar, a qual, por sua vez desenvolveu os heterófones Thar, Dar, e Der.
Os antigos Persas e os Babilónios, além de decorarem os painéis de tijolos envernizados das portas das cidades, com frisos de touros alados, postavam ainda dos seus lados esculturas de touros antropocéfalos, com a missão religiosa de guardarem e protegerem os citadinos.
Esta circunstância provocou na esfera semântica a conotação dos conceitos "Touro" e "porta" e daí o antigo alto-alemão Turi (actual Tor), o germânico dur, o antigo inglês duru (hoje door) e o grego Thura, todos com o sentido de "porta". Por seu turno o antigo Persa dispunha da variante Thar (actual Dar) para dominar a "porta".
A voz asiânica supracitada Turu "Touro" ou "porta" além do referido termo helénico Thura "porta" desenvolveu ainda a variante dialectual grega puros, donde o topónimo homérico Pylos designativo de Porta. A histórica cidade real persa Astar, também grafada Assar, foi pelos gregos apelidada de "Cem Portas" - Hekatompylos.
A dicção Tur ou Turu, por variação do ponto de articulação da variante r, evolui para Tul, Tulu, Tol, Tolu, etc., fenómeno este comum ao acima citado Puros helénico (Pylos).
Aquando da restauração da Porta de Isthar (corrupção caldaica da voz Astar, literalmente "Deus da Porta" ou "Planeta de vénus") na cidade da Babilónia, ordenada po Nabukhodonosor, este mandou gravar em placas de barro cozido os seguintes dizeres "... revesti a porta com tijolos esmaltados de azul, sobre os quais estavam representados touros selvagens e dragões. Mandei colocar sobre a Porta vigas de cedro revestidas de cobre, com seus suportes de bronze. Altivos touros de bronze e dragões furiosos foram postados à entrada. Embelezei esta porta a fim de provocar a admiração de todos os povos". (Babylone, colecção "Que Sais-je?)
Esta "vaidade" de Nabukhodonosar haveria de se transmitir à posteriedade na expressão portuguesa Tolo (de Tolu "porta"), o que aliás é corroborado pelo alemão Tor (Tolo e porta).

Desta forma se encontra investigado o primeiro termo constituido do topónimo Tolosa, isto é Tol ou Tolu; irei seguidamente examinar o segundo, ou seja osa.

Quando estudei o topónimo Nisa, aludi ao tema Usa ou Uza como sendo um dos nomes pelo qual era conhecido o planeta Vénus.
O Assírio dispunha igualmente da palavra Usa para denominar aquele planeta, já então considerado como o símbolo astral do amor, tendo o mesmo nome passado ao árabe com igual significado.
Donde priviria o termo assírico Usa? Os asiânicos, designadamente os Sumérios chamavam ao Sol o deus Utu. A páreda deste, Uta foi o protótipo do latim Uita "vida". Uta desenvolveu ainda os alófonos Utha, Utsa e finalmente Uza: O nome que os babilónios davam ao seu Noé diluviano era o de Uta - Napyshtym o qual se pode traduzir por "Vida das águas do Senhor".
A propósito do latim Uita oiçamos o que a seu respeito diz o eminente latinista A. Meillet:
"Acerca do latim uita "vida", não tenho a certeza se ele deriva de uinus, "vivo" ou se, por outro lado, não repousará sobre um antigo "gwita" prototipo do grego biotos, encurtado na forma "bios" "vida".

Eis, pois, chegado ao fim deste estudo.

O toponómio Tolosa traduz, como se acaba de ver, o mesmo conceito religioso que os babilónios davam, à maravilhosa PORTA DE ISHTAR, isto é, PORTA DE VÈNUS, PORTA DO AMOR, ou PORTA DA VIDA.
Não admira, pois, que os Tolosanos ou Tolosenses hajam consagrado a sua vetusta terra a Nossa Senhora da Encarnação, a qual através do amor vai servindo os desígnios de Deus."

Que maravilha... Mas foi Alexandre de Carvalho Costa que o cita...

03
Fev11

RIBEIRA DA VILA - BELVER

DELFOS




Esta Ribeira da Vila é assim denominada porque desde o seu nascimento até á foz percorre muitas das aldeias da Freguesia de Belver
em todo o seu precurso é facilmente visivel antigos lagares e moinhos na maior parte totalmente degradados ou em ruinas embora exista casos esporadicos de recuperação para habitação ou mesmo recuperação de lagares agora movidos a electricidade




O Municipio de Gavião http://www.cm-gaviao.pt/ tem feito um esforço para dinamizar o concelho rico em ribeiras, açudes e Antas que existem no concelho. Actualmente, o Municipio marcou no terreno, varios percursos pedestres que levam os caminheiros e visitantes a lugares desconhecidos até hoje.



"Tudo está ligado. Devem ensinar aos vossos
filhos que o solo que pisam são as cinzas dos
nossos avós. Inculquem nos vossos filhos que
a terra está inrequecida com as vidas dos
nossos semelhantes, para que saibam
respeitá-la.
Ensinem aos vossos filhos aquilo que nós
temos ensinado aos nossos, que a terra é
nossa mãe. Tudo quanto acontecerá terra é
acontecerá aos filhos da terra. Se os homens
cospem no solo, cospem em si proprios... "


Excerto da Carta do Chefe Seatle em1854 ao Grande Chefe Branco de Washington.


"Poema Ecológico"
Livro de Júlio Roberto

http://www.cm-gaviao.pt/ambiente/index.htm

Fonte: "htpp://www.geocaching.com/seek/cache_details.aspx?guid=11bdbdc6-fO65-4ce2-ad63-ac551948442f "
03
Fev11

UM CASAMENTO EM TOLOSA (1925)

DELFOS

"José Leite de Vasconcellos foi um dos maiores arqueólogos e etnólogos portugueses do século passado. Privilegiando o trabalho de campo, dedicou especial atenção e carinho à nossa região, aonde vinha com frequência, pernoitando nas casas de pessoas amigas, em Tolosa, Gáfete ou em Nisa. Não admira, pois, que na sua principal obra, de dez volumes "Etnografia Portuguesa", encontremos abundantes referências sobre quase todas as terras do concelho de Nisa e do Crato. A descrição que segue foi vivida pelo próprio autor de "Regiões da Lusitânia" (outra das suas obras mais conhecidas), em Tolosa.
Casamento a que assisti, em 30 de Dezembro de 1925
"Depois da cerimónia da igreja, em que nada houve de especial senão a bênção dos anéis, que os noivos trocaram entre si, passou-se às cerimónias profanas.
Os noivos saíram da igreja ao som do sino, acompanhados dos padrinhos e convidados. A noiva e as duas madrinhas iam vestidas de preto, com a cabeça coberta por mantilhas ou côcas ; o noivo como os padrinhos e convidados, trajava ao modo corrente: jaqueta curta, cinta de pontas à dependura, chapéu de pano...
O acompanhamento seguiu para casa da noiva, onde a família desta havia preparado um copo-de-água, isto é, vinho de pasto, bolos e tremoços.
A noiva ficou em casa da família e o resto das pessoas seguiu com o noivo para casa da família deste, onde o deixou: todos aí beberam, igualmente, vinho e comeram bolos.
Durante o percurso, vinha gente às portas e às janelas, e os padrinhos deitavam-lhe confeitos e amêndoas doces tal como ao rapazio que logo na igreja se juntara e seguira à frente de tudo com grande algazarra.
Seguiram os convidados da noiva para casa da família dela e aí tiveram uma boda ou jantar; os do noivo ficaram com este e tiveram também a sua boda. Depois disto é que os noivos se juntaram e foram habitar em casa própria. Constava esta de dois compartimentos: cozinha e quarto de dormir, muito limpinhos.
Na cozinha, que é a par da sala de entrada, sobressaía, diante da porta, segundo o costume, a cantareira, com a sua estante nova, pratos novos e asados, postos no poial, empedrados e frescos, com seus testos e panelinhas na boca.
A outro lado da cozinha, estava uma mesa, coberta de toalha branca e rendada e, em cima, bonecos de barro e bugigangas análogas. No quarto, uma particularidade própria do dia: sobre a cama, uma rima de cobertores e cobertas, de variadas cores, e, na beira, pregados, uma porção de roda-pés, uns sobre os outros.
Todo o arranjo da casa é feito à custa da noiva; o noivo leva, apenas, o seu vestuário e as ferramentas com que trabalha.
Por cada casamento o pároco recebe, além de dinheiro, meio alqueire de trigo, dois litros de vinho, uma quarta de carne e uma galinha. Outras notas sobre o assunto tomou o autor, em ocasiões várias, igualmente em Tolosa.
Na antevéspera do casamento, vão as raparigas solteiras e amigas da noiva compor-lhe a
casa, sobretudo a sala e a cama. Roupa de uma cama de noivos: 10 roda-pés de pano corado, paninhos, etc., com bordados; um colchão, 5 cobertores, 5 lençóis de cabeceira, com dobra bordada, 2 travesseiros, 4 travesseiras.
Na véspera do dia, jantam padrinhos e convidados em casa dos pais do noivo e da noiva, depois do que há bailho até de manhã, ao som do harmónio e da concertina.
No dia do casamento, de manhã, vão à fonte as amigas da noiva à água para o consumo do dia. A madrinha vai buscar a noiva e o padrinho o noivo. Saem para a rua, vêm atrás os convidados, alguns com pratos de flores e papelinhos que hão-de deitar sobre os noivos, depois da cerimónia eclesiástica. Segue-se o registo civil, e vão depois para a igreja.
As pessoas amigas atiram das janelas e da rua sobre o cortejo, que vem da igreja, flores,
arroz e papelinhos, enquanto os padrinhos depõem amêndoas nas bandejas e as atiram ao rapazio da rua. Baila-se na noite do casamento até de madrugada, e não em local certo mas em casa a isso adequada.
Os noivos retiram-se para a sua pela meia-noite. Aparece-lhes, depois, um descante à porta - entoam os rapazes cantigas ao som da guitarra ou do harmónio - e os noivos levantam-se para distribuir vinho e bolos.
Versos do descante:
Viva o noivo mais a noiva,
Viva o pai que os criou
E o padrinho e a madrinha
Que à igreja os acompanhou!

Viva o noivo mais a noiva,
Que se foram já casar!
Deus le dê muita saúde
E bons anos prá gozar!

Viva o noivo mais a noiva
Raminho de erva cidreira,
Já fôstades à igreja
Pôr o nome de casada
E perder o de solteira.

Já fôstades à igreja,
Linda rosa encarnada,
Perder o nome de solteira
E buscar o de casada.
Num 4º dia, logo de manhã, as madrinhas levam aos noivos café e fatias (fatias de pão de trigo, fritas com ovos e açúcar) e no mesmo dia dá-se almoço e jantar outra vez aos noivos e comitiva em casa dos pais de cada um deles, seguindo-se novo bailho. Só, então, acaba a boda.
Os noivos só depois do casamento comem juntos; um dia em casa dos pais de um, outro dia em casa dos pais do outro."
03
Fev11

ZONA DE INTERVENÇÃO FLORESTAL DE BELVER

DELFOS
"O Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP), António Serrano e o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Rui Pedro Barreiro homologam a constituição da equipa de Sapadores Florestais para a Zona de Intervenção Florestal (ZIF) de Belver e entregam contrato do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) à Associação dos Produtores Florestais daquela freguesia (APFLOBEV).
Para o efeito os dois membros do Governo deslocam-se hoje dia 3 de Fevereiro, a Belver (Gavião), onde pelas 11 horas da manhã estarão no Clube Recreativo e Desportivo Belverense.
O projecto prevê a criação de uma rede primária de faixas de gestão de combustível, redução de densidades e controlo de vegetação espontânea. Trabalhos que facilitam a contenção dos focos de incêndio e a diminuição da velocidade de progressão e intensidade de um fogo.
O PRODER investe 461 mil euros na defesa da floresta contra incêndios e a APFLOBEV é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 30 de Janeiro de 1997, que gere cerca de 7 mil hectares de floresta. © NCV."
03
Fev11

A BARRAGEM DO FRATEL

DELFOS



BARRAGEM DE FRATEL

UTILIZAÇÕES - Energia
LOCALIZAÇÃODADOS GERAIS
Distrito - Portalegre
Concelho - Nisa/Vila Velha de Ródão
Local - Amieira do Tejo/Fratel
Bacia Hidrográfica - Tejo
Linha de Água - Rio Tejo
Promotor - CPPE, Cª. Portuguesa de Produção de Electricidade, SA
Dono de Obra (RSB) - CPPE
Projectista - Hidro-Eléctrica do Zêzere
Construtor - SOMAGUE
Ano de Conclusão - 1973
CARACTERÍSTICAS HIDROLÓGICAS CARACTERÍSTICAS DA ALBUFEIRA
Área da Bacia Hidrográfica - 60000 km2Área inundada ao NPA - 10000 x 1000m2
Capacidade total - 92500 x 1000m3
Capacidade útil - 21000 x 1000m3
Nível de pleno armazenamento (NPA) - 74 m
Nível de máxima cheia (NMC) - 76 m
Nível mínimo de exploração (Nme) - 71 m
CARACTERÍSTICAS DA BARRAGEMDESCARREGADOR DE CHEIAS
Betão - Gravidade
Altura acima da fundação - 48 m
Altura acima do terreno natural - 43 m
Cota do coroamento - 87 m
Comprimento do coroamento - 240 m
Fundação - Xistos e Grauvaques
Volume de betão - 124 x 1000 m3
Localização - No corpo da barragem
Tipo de controlo - Controlado
Tipo de descarregador - Sobre a barragem
Cota da crista da soleira - 57 m
Desenvolvimento da soleira - 6x18,75=112,5 m
Comportas - 6 comportas segmento
Caudal máximo descarregado - 16500 m3/s
Dissipação de energia - Bacia de Dissipação
CENTRAL HIDROELÉCTRICA
Tipo de central - Contíguo à barragem
Nº de grupos instalados - 3
Tipo de grupos - Kaplan
Potência total Instalada - 130 MW
Energia produzida em ano médio - 347,5 GWh

FRATEL

Fratel1des.gif (43651 bytes)

PLANTA

Fratel2des.gif (21228 bytes)

PERFIL AO LONGO DO EIXO DA BARRAGEM

Fratel3des.gif (8143 bytes)

Elementos acima extraídos e citados no espaço: http://cnpgb.inag.pt/gr_barragens/gbport:ugal/Fratel.htm.

"A Barragem de Fratel está localizada no distrito de Portalegre, no limite com o distrito de Castelo Branco, na bacia hidrográfica do Tejo, no rio Tejo, em Portugal. A construção foi finalizada em 1973.

Possui uma altura de 43 m acima do terreno natural e uma cota de coroamento de 87 m. A capacidade instalada de produção de energia eléctrica é de 130 MW."

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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