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alentejoaonorte

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17
Jan11

JUNTA DE FREGUESIA DE GÁFETE

DELFOS
A Freguesia de Gáfete é das mais ridentes. Assim meus amigos, um pequeno texto começa e assinado por - R.. P. 
O blog não sabe a sua origem e data. Acredita que a situação reportada ela foi no tempo da outra velha senhora e num Estado Novo muita feroz.

A freguesia de Gáfete é uma das nais ridentes do concelho do Crato.
Encravada no concelho de Nisa e ladeada por duas importantes freguesias desse concelho, tem a respectiva Junta feito todos os esforços, para que, em mátéria de melhoramentos, não a deixe ficar mal colocada no seu concelho, num possível confronto com as freguesias vizinhas.
E, assim, meteu ombros à organização do serviço do cemitério, o qual há muitos anos se encontrava desorganizado, bem como  às obras de melhoramentos e conservação dos respectivos  muros.

A Junta já tem uma sede própria, tem em projecto a reparação de alguns caminhos, considerados intransitáveis, para o que conta com o auxílio da Câmara, aspirando o povo desta freguesia, que seja concluída a estrada que liga à sede do concelho.
Muitos outros melhoramentos têm sido feitos. Mas a respectiva Junta, sobre a presidência do Sr. Armando Matos Cordeiro Metela, entendeu que não mereciam ser dados à publicidade, dando assim provas de uma invulgar modéstia, que salientamos - que salienta - R. P.

E foi assim meus amigos, algures, no século passado, estas terras de Gáfete, entre a graciosa Vila de Tolosa e a mais nobre e doce Vila de Alpalhão, um dia, um dia aconteceu...
16
Jan11

CASA DO POVO DE GÁFETE

DELFOS
A Casa do Povo de Gáfete, de cuja direcção, como presidentes, se encarregagam os Srs. António Gouveia Botelho e Gervásio Gonçalves Carrilho, é uma instituição de grande valor na freguesia, dela colhento bastos benefícios os seus quatrocentos e dez sócios. Embora instalados numa sede bastante modesta, a sua acção é bastante vasta, quer no campo cultural, quer como assistencial.
A classe rural, olha com grande desvelo para a sua Casa do Povo, e com a sua presença e apoio, faz com que os seus dirigentes se esforcem cada vez mais e melhor. E, assim, vão dentro em breve pedir o auxílio do Estado, por intermédio da sua Junta Central, para que lhe seja concedido o subsídio necessário para a compra do terreno e construção da sua nova sede, integrando-se assim cada vez mais na função que lhe foi determinada. R. P.

Blog "Gavião no Alentejo" não sabe a data do referido texto e nem o nome onde foi colocado os elementos acima citados. Apenas sabe que o autor se assima por R. P.
13
Dez10

PROJECTO "BOSQUE DO CENTENÀRIO"

DELFOS

              AQUÉM&ALÉMTEJO
Domingo, 12 de Dezembro de 2010
GAVIÃO: Projecto "Bosques do Centenário"

O Município de Gavião aderiu ao Projecto “Bosques do Centenário”, um projecto que resulta de uma parceria entre várias entidades: Associação Nacional de Municípios Portugueses, a Autoridade Florestal Nacional, a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, a Quercus, e o Movimento cívico Limpar Portugal.
Este projecto enquadrou-se num prédio rústico do município, que foi no passado utilizado como lixeira, neste momento fez-se a sua requalificação, com a plantação de várias espécies florestais de acordo com as características edáfoclimáticas da zona em causa. Foram ainda contactadas várias entidades do Município para se juntarem ao projecto, nomeadamente Agrupamento de Escolas Vertical de Gavião, Universidade Sénior e Santa Casa da Misericórdia de Gavião. (1)

Ora viva lá meu caro, o agradecimento ao meu amigo MMendes, a liberdade de poder colocar aqui no meu espaço, um espaço que é seu. Afirmar-lhe apenas, quando achar alguma coisa de interesse nestas bandas tenha a vontade com a liberdade que me concedeu e aproveite se achar alguma que lhe posa interessar.
No tocante ao amigo, acredito que foi mesmo um prazer enorme que teve, meu contacto lhe oferecer, que eu acho apenas que a coisa anda muito perto.
Bem, mas deixamos lá isso, no tocante a plantar ao "Projecto Bosques do Centenário" eu digo que é uma pura mentira, os elementos do referido projecto, na Comenda, se tiveram o prazer e a honra de plantar alguma árvore, eu digo que não foram cem, eu digo que foram noventa e seis. Estão quatro mortas e inexistentes no mercado ou Legado Municipal e até ao momento ainda nºao lhe conseguiram resolver o devido problema da estética ou a sua própria vida.
Termino. Custa tanto sempre terminar, não sei se o amigo conhece a estrada que vai da Comenda para Tolosa. Se o amigo tivessese prazer, era junto às bermas das estradas que essas cem árvores deviam viam ser plantadas. Ir plantar árvores o para o campo, apenas lhe digo, esta semana fui dar uma volta pelos campos e herdades destas propriedades. Junto ao Estacal da escola e para entrar na estrada, o sacrifício que foi. Quem não gosta de ver o percurso de árvores que uma empresa lá colocou
Mas o blog, "Gavião no Alentejo" tem o nome da primeira rua quando se tentou implantar a republica. Coisa, que lá vila de Gavião ainda não lhe conseguiu dar, nem ao menos um nomunento a simbolizar o acontecimento. (1)
16
Nov10

HISTÓRIA DE GÁFETE

DELFOS
Havia no concelho do Crato um lugar chamado Gaffete, povoação muito antiga. O seu nome mostra que já existia pelo menos no tempo em que os árabes dominaram a península. Segundo o censo de 1527, ordenado por D. João III na primeira metade do século XVI, Gáfete era povoação pequena ainda. Diz assim textualmente o livro do número dos moradores: "Termo I - Há uma aldeia que se chama Gaffete, 2 légoas da vila a norte, que tem 105 moradores das quais 16 viúvas e 16 molheres solteyras, que vivem por sy, sam trez e dous crellegos - CV". No século XVII a população tinha aumentado muito. Durante a Guerra da Restauração os moradores de Gáfete combateram galhardamente os castelhanos. Como a terra não tinha muralhas, construíram uma trincheira de pedra e assim puderam resistir às investidas dos inimigos que durante 28 anos por todos os meios tentaram dominar Portugal (o lugar onde os Gafetenses construíram a trincheira, é a parte denominada "castelo", certamente por ali terem sido feitas as trincheiras onde foi possível combater os castelhanos obrigando-os a recuar). Nesse tempo ainda Gáfete não era vila. Tinha porém já um termo com jurisdição civil, 2 juizes, 2 vereadores e 1 procurador do Concelho. Tinha além disso 1 Capitão - mor, 1 Sargento - mor, duas Companhias de Ordenanía e 1 Auxiliar, os quais na Guerra da Restauração prestaram bons serviços, quer em campanha quer nas guarnições das povoações vizinhas fortificadas. Reinava D. Pedro II quando da investida do inimigo ao lugar de Gáfete. Este Rei sabedor do feito dos nossos antepassados, quis recompensar tão valentes homens, mas os nossos antepassados, cheios de amor pela sua Terra, e no desejo de a engrandecer, pediram uma única coisa ao Rei: "que lhes fizesse mercê de fazer Vila ao dito lugar". Nesta petição a D. Pedro II diziam que "estando o dito lugar junto de Castela, pelo valor com que sempre lhes resistiram". Em vista da informação favorável do Provedor da Câmara de Portalegre, dos Oficiais da Câmara do Crato e do Provedor da Coroa, D. Pedro II concedeu a "mercê" que lhe era pedida, passando o respectivo Alvará em 20 de Dezembro de 1668, precedendo o pagamento de 56$000 réis. A Vila teve a designação de: Vila Nova de S. João Baptista de Gáfete. O "termo" era pequeno, tinha apenas uma légua e meia de comprimento por uma légua de largura. Mas o lugar de Gáfete , mereceu passar a ser uma Vila! Em 1758 já tinha 207 "vizinhos", nome que se dava às famílias que constituiam a Vila de Gáfete, e uma população de 569 almas (pessoas). A Igreja Matriz, bom templo de uma só nave, fica no centro da Vila. Notável o Altar - mor, em talha dourada que foi feito no século XVII (setecentista). Além disso tinha-mos 5 ermidas: S. Pedro, Sto António, Espirito Santo, S. Marcos e a de Santa Catarina, esta já destruída. No século XVIII, Gáfete tinha uma albergaria para pobres e peregrinos que iam de passagem. A Misericórdia, cuja Igreja é pequena (capela do Espirito Santo), tinha nessa época 80$000 réis de renda.
Notas várias:
Pessoas naturais de Gáfete que se tornaram notáveis:
  • O Doutor Diogo Rosa formado em Cánones e seu irmão Lourenço Tomás Calheiros que por serem partidários de D. António Prior do Crato e não quererem obedecer ao rei de Castela, sofreram a confiscação dos seus bens;
  • O Doutor Lourenço Brandão que foi lente da Universidade de Coimbra;
  • O Doutor Manuel da Costa Biscaia, provedor de Setúbal;
  • O Doutor Manuel Dias Ortigão, perito mor do Reino (o escritor Ramalho Ortigão era seu descendente);
  • Manuel Dias Costa que foi Tenente General da Província do Alentejo durante a guerra da Restauração;
  • Também era natural desta vila, Abel Aires que ao contrário de seus irmãos, Diogo Rosa e Lourenço Tomaz Calheiros, atrás citados, serviu os Castelhanos usurpadores e com tal dedicação, que foi armado Cavaleiro em Ceuta, no dia 30 de Agosto de 1610.
A indústria da tecelagem caseira teve aqui relativo desenvolvimento, havendo um selador privativo dos panos de Gáfete. No livro 28 das Chancelarias reais, a folha 52, vem uma carta para as suas tecedeiras terem pesos de ordenação. E no livro 3 das mesmas chancelarias, vem outra carta concedendo a Domingos Afonso a propriedade do ofício de selador dos panos de Gáfete;
Em 1644 a Câmara de Gáfete passou a pagar Fazenda 20$000 réis por ano para as despesas da Guerra da Restauração, isto porque a Câmara de Marvão, que pagava 487$060 réis, requereu para ser aliviada desta sisa e assim aquela quantia foi dividida pelas diferentes Câmaras da Província;
Também o Provedor da Câmara de Portalegre sobrecarregou a Câmara de Gáfete com 1500 réis, isto porque requereu ao Rei D. João V (em 1744) que lhe fosse concedido um subsídio anual para aposentadoria. Foi-lhe concedido o subsídio, que era de 30$000 réis, pago também pelas diferentes Câmaras;
O Ajudante do Sargento - mor do Crato requereu que os 40$000 réis do seu ordenado fosse suportados igualmente pelas Câmaras e lá ficou Gáfete sobrecarregada com mais 48$000 réis;
Só uma última nota para vermos a importância que Gáfete tinha no século XVI. No recenseamento mandado fazer por D. João III em 1532 viu-se que Gáfete tinha na altura 105 moradores e Tolosa só tinha 42 moradores.

(Notas recolhidas pelo professor Viriato Nunes Crespo, através do professor Manuel Subtil (Torre do Tombo 105 Gaveta 5 - Março 1, nº 47))
NOTA:

Meu Povo. Minha gente. Mundo. Gente do Mundo. Venham a estas terras. Venham a estas terras de Gáfete visitá-las. Se puderem ficar fiquem. Não podendo que no vosso coração levais uma lembrança de um Alentejo desertificado. No vosso coração irá o sorriso de uma criança e eu assim o sinto e 0 tenho que gostais muito dela...

http://aaccrato.no.sapo.pt/gafethst.htm

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