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alentejoaonorte

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04
Fev11

MARVÃO MARCA NUMA BALIZA

DELFOS

O blog "ALENTEJO no NORTE", ao ler no espaço http://www.cm-marvao.pt/noticias/noticiasdet.asp?news=453 :


"O Sr. Vereador, Dr. José Manuel Pires informou que a Marca “Marvão Bom Gosto” vai ser disponibilizada a todos os restaurantes do concelho, de forma a promover a gastronomia local/tradicional de Marvão, podendo para o efeito, usar esta imagem de Marca em menus “Marvão Bom Gosto”. Esta iniciativa irá ser divulgada através do site, com a colocação dos restaurantes aderentes e respectivos menus. ------------

A mesma Marca poderá ser disponibilizada aos alojamentos do nosso concelho, os critérios serão discutidos em conjunto com a Região de Turismo do Alentejo." e ficou muita contente com a iniciativa tomada pela edilidade mencionada e citada.


Resta saber, os municípios aqui da Zona, o blog está falando do concelho de Gavião, o do Crato e do de Nisa e se pergunta a si próprio para quando eles seguem os mesmos passos do concelho de Marvão. Não se sabe se o do Crato e o de Nisa já também tomaram a decisão mas que julga que não.

Não foi possível dar uma olhada pelas suas Agendas L21.

No tocante ao do Gavião, os três ou quatro minutos que esteve com ela na mão, apenas sabe, nela está lá contida também a criação de uma "Marca".

A questão é saber para quando a sua criação e a sua implementação...

03
Fev11

2.ª PROVA DOS VINHOS DOS PRODUTORES DO CONCELHO DE ALTER DO CHÃO

DELFOS
CONCURSO"Realizou-se pelo segundo ano consecutivo a Prova de Vinhos dos Produtores do Concelho de Alter do Chão, que teve lugar na freguesia de Chancelaria, no dia 29 de Janeiro.
Estiveram presentes 22 produtores, ficando em 1ºlugar o vinho de José Baltazar Cordeiro, de Alter do Chão, o 2º lugar foi para Armando Crespo, de Cunheira e em 3º Manuel Henriques Ferreira, de Cunheira.
A avaliar os vinhos do Concelho estiveram o Presidente e o Vereador da Cultura, da Câmara de Alter do Chão, Francisco Rolo, Vasco Damas e Manuel Cruz.
A 2ª Prova de Vinhos proporcionou um dia de convívio em Chancelaria, com um almoço aberto à população acompanhado de música tradicional portuguesa."
http://www.cm-alter-chao.pt/noticias/noticiasdet.asp?news=504
03
Fev11

A PINGA NO CONCELHO DE GAVIÃO É MUITA QUALIDADE

DELFOS

Uma Pausa no Gavião


A região, Gavião, não é propriamente conhecida pelos seus vinhos, aliás, os produtores locais são tão poucos e recentes que contam-se pelos dedos de uma mão os vinhos de qualidade saídos deste Norte Alentejo, paredes meias com o rio Tejo, com as Beiras e o Ribatejo logo ali à espreita. Uma encruzilhada de solos, climas, paisagens.


Com este cenário, foram poucos, ainda, os produtores que se aventuraram numa região onde o nome não vende, apesar de jurarem a pé juntos que este é um dos melhores terroirs de Portugal.

Um deste aventureiros, Ilex, entrou com os seus vinhos no mercado com a colheita de 2006 e, presentemente, nas prateleiras, está a colheita de 2007 e o reserva de 2006, vinhos esses já medalhados em vários concurso nacionais e internacionais.




Curiosa a escolha das castas, onde a Touriga Nacional está em largo destaque, mas onde também temos a nortanhasTinta Barroca e o Tinto Cão, nas nossas, e Petit Verdot, nas imigrantes, uma casta cada vez mais usada em terras alentejanas derivado ao aumento das temperaturas, dizem os entendidos.




Pausa tinto 2007

Um vinho que vive da fruta séria e da frescura que apresenta na boca, que o faz um bom parceiro para o dia a dia, apesar do preço já andar por volta dos 6/7 euros. (87/100)


Pausa Reserva tinto 2006

Mais concentrado, a mesma fruta elegante, aromas que nos transportam para o campo, com madeira bem integrada, boa frescura. Um bom vinho, com qualidade evidente. Custa cerca de 10 euros. (90/100)

In http://pingamor.blogspot.com/2011/01/uma-pausa-no-gaviao.html

03
Fev11

RIBEIRA DA VILA - BELVER

DELFOS




Esta Ribeira da Vila é assim denominada porque desde o seu nascimento até á foz percorre muitas das aldeias da Freguesia de Belver
em todo o seu precurso é facilmente visivel antigos lagares e moinhos na maior parte totalmente degradados ou em ruinas embora exista casos esporadicos de recuperação para habitação ou mesmo recuperação de lagares agora movidos a electricidade




O Municipio de Gavião http://www.cm-gaviao.pt/ tem feito um esforço para dinamizar o concelho rico em ribeiras, açudes e Antas que existem no concelho. Actualmente, o Municipio marcou no terreno, varios percursos pedestres que levam os caminheiros e visitantes a lugares desconhecidos até hoje.



"Tudo está ligado. Devem ensinar aos vossos
filhos que o solo que pisam são as cinzas dos
nossos avós. Inculquem nos vossos filhos que
a terra está inrequecida com as vidas dos
nossos semelhantes, para que saibam
respeitá-la.
Ensinem aos vossos filhos aquilo que nós
temos ensinado aos nossos, que a terra é
nossa mãe. Tudo quanto acontecerá terra é
acontecerá aos filhos da terra. Se os homens
cospem no solo, cospem em si proprios... "


Excerto da Carta do Chefe Seatle em1854 ao Grande Chefe Branco de Washington.


"Poema Ecológico"
Livro de Júlio Roberto

http://www.cm-gaviao.pt/ambiente/index.htm

Fonte: "htpp://www.geocaching.com/seek/cache_details.aspx?guid=11bdbdc6-fO65-4ce2-ad63-ac551948442f "
03
Fev11

A BARRAGEM DO FRATEL

DELFOS



BARRAGEM DE FRATEL

UTILIZAÇÕES - Energia
LOCALIZAÇÃODADOS GERAIS
Distrito - Portalegre
Concelho - Nisa/Vila Velha de Ródão
Local - Amieira do Tejo/Fratel
Bacia Hidrográfica - Tejo
Linha de Água - Rio Tejo
Promotor - CPPE, Cª. Portuguesa de Produção de Electricidade, SA
Dono de Obra (RSB) - CPPE
Projectista - Hidro-Eléctrica do Zêzere
Construtor - SOMAGUE
Ano de Conclusão - 1973
CARACTERÍSTICAS HIDROLÓGICAS CARACTERÍSTICAS DA ALBUFEIRA
Área da Bacia Hidrográfica - 60000 km2Área inundada ao NPA - 10000 x 1000m2
Capacidade total - 92500 x 1000m3
Capacidade útil - 21000 x 1000m3
Nível de pleno armazenamento (NPA) - 74 m
Nível de máxima cheia (NMC) - 76 m
Nível mínimo de exploração (Nme) - 71 m
CARACTERÍSTICAS DA BARRAGEMDESCARREGADOR DE CHEIAS
Betão - Gravidade
Altura acima da fundação - 48 m
Altura acima do terreno natural - 43 m
Cota do coroamento - 87 m
Comprimento do coroamento - 240 m
Fundação - Xistos e Grauvaques
Volume de betão - 124 x 1000 m3
Localização - No corpo da barragem
Tipo de controlo - Controlado
Tipo de descarregador - Sobre a barragem
Cota da crista da soleira - 57 m
Desenvolvimento da soleira - 6x18,75=112,5 m
Comportas - 6 comportas segmento
Caudal máximo descarregado - 16500 m3/s
Dissipação de energia - Bacia de Dissipação
CENTRAL HIDROELÉCTRICA
Tipo de central - Contíguo à barragem
Nº de grupos instalados - 3
Tipo de grupos - Kaplan
Potência total Instalada - 130 MW
Energia produzida em ano médio - 347,5 GWh

FRATEL

Fratel1des.gif (43651 bytes)

PLANTA

Fratel2des.gif (21228 bytes)

PERFIL AO LONGO DO EIXO DA BARRAGEM

Fratel3des.gif (8143 bytes)

Elementos acima extraídos e citados no espaço: http://cnpgb.inag.pt/gr_barragens/gbport:ugal/Fratel.htm.

"A Barragem de Fratel está localizada no distrito de Portalegre, no limite com o distrito de Castelo Branco, na bacia hidrográfica do Tejo, no rio Tejo, em Portugal. A construção foi finalizada em 1973.

Possui uma altura de 43 m acima do terreno natural e uma cota de coroamento de 87 m. A capacidade instalada de produção de energia eléctrica é de 130 MW."

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
02
Fev11

A BARRAGEM DE BELVER

DELFOS

Estando o blog, o "ALENTEJO no NORTE", a pensar no seu Tejo e na sua barragem, a tentar saber quando foi feita e a pensar se não se podia implementar e fazer a promoção de um centro de treinos de alta competição, como por exemplo, de canoagem, o blog sem querer, a descobrir vem a informação que a seguir encontrou em http://engenium.wordpress.com/.../barragens-de-portugal-inag e diz que ficou contente com a descoberta.


" BARRAGEM DE BELVER

UTILIZAÇÕES - Energia

LOCALIZAÇÃO

DADOS GERAIS

Distrito - Portalegre
Concelho - Gavião
Local - Belver
Bacia Hidrográfica - Tejo
Linha de Água - Rio Tejo

Promotor - HIDROTEJO
Dono de Obra (RSB) - HIDROTEJO
Projectista - A.Stucky
Construtor - SASIL - MILANO
Ano de Projecto - 1945
Ano de Conclusão - 1952

CARACTERÍSTICAS HIDROLÓGICAS

CARACTERÍSTICAS DA ALBUFEIRA

Área da Bacia Hidrográfica - 62802 km2
Caudal de cheia - 18000 m3/s

Área inundada ao NPA - 2860 x 1000m2
Capacidade total - 12500 x 1000m3
Capacidade útil - 8500 x 1000m3
Nível de pleno armazenamento (NPA) - 46,15 m
Nível de máxima cheia (NMC) - 47,15 m
Nível mínimo de exploração (Nme) - 41 m

CARACTERÍSTICAS DA BARRAGEM

DESCARREGADOR DE CHEIAS

Betão - Gravidade
Altura acima da fundação - 30 m
Cota do coroamento - 47,5 m
Comprimento do coroamento - 327,5 m
Fundação - Xisto
Volume de betão - 90 x 1000 m3

Localização - No corpo da barragem
Tipo de controlo - Controlado
Tipo de descarregador - Sobre a barragem
Cota da crista da soleira - 32 m
Desenvolvimento da soleira - 170 m
Comportas - 10 comportas vagão
Caudal máximo descarregado - 18000 m3/s
Dissipação de energia - Bacia de dissipação

CENTRAL HIDROELÉCTRICA

Tipo de central - Céu Aberto
Nº de grupos instalados - 6
Tipo de grupos - Kaplan
Potência total Instalada - 80,7 MW
Energia produzida em ano médio - 176 GWh- "



Mas assunto não podia parar.

Estas coisas, esta alma que partiu, estes viventes que não querendo saber do que foi a sua sua memória passada, esta coisa que lhes continua a dar vida mesmo que eles não queiram, mas a coisa está no sangue, o blog, o "ALENTEJO no NORTE", procurando imagens da mesma, encontra http://Impalex.blogs.sapo.pt/ e regista o texto com muito amor e carinho, o que o referido autor escreve, não deixa de em outro tempo não ser a mais pura verdade. ´

"A data oficial da conclusão da barragem é o ano de 1952, tendo ficado com a designação de Barragem de Belver, possivelmente devido ao facto de a maior parte da albufeira criada coincidir com o limite sul desta freguesia, e também por ser esta uma das localidades mais próximas.


De há uns anos a esta parte, tem-se verificado que a Câmara de Mação, em cujo território (freguesia de Ortiga) se encontra a quase totalidade das instalações da Barragem, passou a utilizar sistematicamente a designação de "Barragem de Ortiga", no que é acompanhada por algumas instituições ligadas ao turismo na zona, nomeadamente a Região de Turismo dos Templários.


A utilização de uma designação nova e, pode-se dizer, não oficial, omitindo sistematicamente aquela que já existia e está consagrada, pode parecer estranha, e é susceptível de diversas interpretações.


A mim, parece-me que se trata de um assomo de brios bairristas, reivindicando para si um nome (ou renome) que talvez sintam ter-lhes fugido. E estarão tentando consagrar, pelo uso repetido, a designação que mais lhes convém.


E porque os brios bairristas atingem a todos (mesmo aos que, por esta razão ou por aquela conveniência, se coíbem de os manifestar), aqui fica também o meu desabafo.


Ao longo do tempo, sucessivas reorganizações administrativas fizeram com que a hierarquia relativa das diversas povoações sofresse mudanças radicais. Na última dessa reorganizações, a freguesia de Belver deixou de pertencer ao concelho de Mação, do qual fizera parte durante cerca de 60 anos.


Em tempos mais recuados, a própria vila de Belver foi sede de concelho, entre 1518 e 1836, ficando, a partir desta data, integrada no concelho de Mação. Transitou em 1898 para o então restaurado concelho de Gavião.


O que é que isto tem a ver com aquilo? Responderão os mais puristas que, em rigor, nada.

Mas nem tudo nesta vida é rigoroso e exacto, e muito menos quando as opiniões são divergentes..."


O blog diz que concorda em absoluto com o referido autor do mesmo. Não pode entrar e tomar uma posição no mesmo. Mas sabe, algumas histórias ouviu no comboio quando se chegava à Ortiga "estamos na barragem da Ortiga" e nunca ouviu dizer, estando na Ortiga "estamos na barragem de Belver".

O blog "ALENTEJO no NORTE" não sabe se as gentes da Comenda, assim lhe chamava por ser um ponto, um ponto de referência, o último, antes de chegar à estação de Belver, ou se lhe chamava assim por estar mesmo perto da Ortiga...

Mas o blog sabe, sabe de algumas histórias, de muito boa gente, que era para ficar em Belver... e sem querer foi parar à estação da Barca da Amieira.....

02
Fev11

ZONA DE CAÇA MUNICIPAL DE GAVIÃO

DELFOS

Portaria n.º 331/2010 de 16 de Junho

Pela Portaria n.º 431/2004, de 26 Abril, foi criada a zona de caça municipal de Gavião (processo n.º 3604-AFN), situada no município de Gavião, com uma área de 3019 ha, válida até 26 de Abril de 2010, e transferida a sua gestão para a Associação Caça e Pesca da Freguesia de Gavião, que entretanto requereu a sua renovação.

Cumpridos os preceitos legais e com fundamento no disposto no artigo 21.º, em conjugação com o estipulado na alínea

a
) do artigo 18.º, ambos do Decreto -Lei n.º 202/2004, de 18 de Agosto, com a redacção que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 201/2005, de 24 de Novembro, e com a alteração do Decreto -Lei n.º 9/2009, de 9 de Janeiro, consultado o Conselho Cinegético Municipal de Gavião, de acordo com a alínea d

) do artigo 158.º do mesmo diploma, e no uso das competências delegadas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas pelo despacho n.º 78/2010, de 5 de Janeiro: Manda o Governo, pelo Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, o seguinte:

Artigo 1.º

Renovação

É renovada a transferência de gestão da zona de caça municipal de Gavião (processo n.º 3604-AFN), por um período de seis anos, constituída por terrenos cinegéticos sitos na freguesia de Gavião, com uma área de 3019 ha.

Artigo 2.º

Produção de efeitos

Esta portaria produz efeitos a partir do dia 27 de Abril de 2010.

O Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural,

Rui Pedro de Sousa Barreiro,
em 1 de Junho de 2010.
02
Fev11

CIDADE ROMANA DE AMMAIA NO CONCELHO DE MARVÃO

DELFOS
2011/02/01 Posted in: Alentejo, Cidades Romanas em Portugal e no espaço http://www.portugalromano.com/?p=670 "

- Próximo da vila de Marvão surge um dos mais importantes vestígios da civilização romana no Norte Alentejo e embora a crea escavada ainda seja diminuta, é possível verificar todo o seu potencial enquanto vestígio de uma cidade romana que não sofreu o continuo assentamento urbano de diferentes épocas no mesmo espaço.

«Entrada sul da cidade»

A cidade de Ammaia terá sido fundada provavelmente entre o final do século I a. C., e o início do século I d. C., aparentemente segundo as regras do ordenamento do território de Vitrúvio, arquitecto e urbanista romano do século I a.C, como parecem demonstrar os vestígios até agora encontrados.

«Vista da serra do Marvão»

Os testemunhos epigráficos amaienses, ainda que não indiquem datas, sugerem uma valorização da cidade por meados do século I, muito provavelmente em consequência de um processo desenvolvido no âmbito da promoção de numerosos centros urbanos na Hispánia meridional por iniciativa do Imperador Cláudio.

Conservada e sem quaisquer construçõeses na sua área de implementação, encontra-se apenas descoberto a porta sul, o podium de um templo, e numa fase inicial as termas, as piscinas e os canais de água, apenas 2% da área total da cidade, com cerca de 20ha e onde se estima terem habitado entre 4 e 5 mil habitantes.

A Ammaia apresenta uma malha urbana muito bem delimitada tendo sido detectados até ao momento diversos edifícios públicos, adivinhando-se também a existência de uma basílica, um teatro e um anfiteatro.

A cidade romana terá sido ocupada pelo menos até meados do século VI d.C., abandonada posteriormente a esta data, tendo sido ocupada esporadicamente após esse período, mantendo apenas uma população residual, altura em que terão surgido outros aglomerados populacionais com carácter mais defensivo que lhe tomaram o lugar, ter-se-á dado assim o aparecimento de Marvão, Marwan para os povos islámicos que no século IX ocupam toda a região do Alto Alentejo.

Arqueologia em AMMAIA

Civitas Ammaia, julgou-se até 1935 que essa cidade teria existido no local onde se viria a desenvolver Portalegre. Essa confusão ficou a dever-se a uma inscrição romana identificada numa parede da ermida do Espírito Santo daquela cidade na qual se referia o município de Ammaia. Contudo, sabe-se hoje que muita pedra aparelhada com que foram construção dos alguns dos principais edifícios de Portalegre foi trazida das ruínas de AMMAIA.

Entre essas pedras encontrava-se a ara que agora se guarda no Museu de Portalegre e que motivou tanta confusão.

Da cidade de Ammaia, sobretudo a partir do século XVI, sairam muitas pedras com que se construiram palácios e igrejas em Portalegre, muitas também foram utilizadas na construção das muralhas de Marvão e de Castelo de Vide e em várias edificaçõeses particulares.

Até que Leite de Vasconcelos identificou a nova inscriçãoo entre as ruinas da Aramenha, estas eram consideradas como os restos de uma cidade denominada Medóbriga. A atribuição do nome Medóbriga ficou a dever-se sobretudo a André de Resende e a inscrição desse topónimo numa lápide que se encontra na Ponte Romana de Alcântara.

Uma das portas da sua velha muralha foi transportada para Castelo de Vide em 1710 e posteriormente destruída.

«Arco da antiga porta de Ammaia em Castelo de Vide»

Num trabalho datado de 1852 o investigador espanhol D. José de Viu refere, que no seu tempo, mais de vinte belas estátuas de mármore recolhidas na Aramenha foram vendidas para Inglaterra.

A Fundaão Ammaia estabeleceu já contactos com instituições museológicas inglesas para saber onde podem ter ido parar as esculturas, mas até agora sem resultados...

... Resta apenas uma, que pode ser vista no museu de Ammaia, tem sido atribuíada a Britânico, o infeliz filho de Cláudio e de Messalina, nascido em 42 e assassinado em 55, o que permitiria situar a estátua e o forum, se a escultura fazia parte de um programa destinado ao mesmo, por meados do século I. Mas existe outra hipótese, que é a de atribuir a estátua a Nero, filho do primeiro casamento de Agripina e que foi adoptado por Cláudio em 50, com doze anos de idade, recebendo, dois anos depois, o título de Princeps Iuventutis. Embora o estado da peça não permita avançar muito mais, quer se trate de Britânico ou de Nero, este testemunho sugere, mais uma vez, uma data para início da construçao do forum próxima do final do principado de Cláudio.

«Estátua de togado com bulla, achada na Escusa (Museu da Ammaia) - tem sido atribuída a Britânico»

Nas últimas décadas foi possível começar a recolher algumas inscriões que se mostram hoje no Museu Municipal de Marvão (2). Sobretudo pelas mãos de António Maçãs e Leite de Vasconcelos foram carregados para o Actual Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa inúmeras peças recolhidas em Ammaia.

«Museu monográfico da Ammaia»

«a cidade foi engolida pela terra»

Com o inicio dos trabalhos arqueológicos em Ammaia, ( Outubro de 1994 ), começou a constatar-se que, sobretudo a zona baixa da cidade, se encontrava bem preservada sob uma uniforme camada de terras e calhaus rolados, transportados a grande velocidade provenientes das cotas mais elevadas. Começava-se, assim, a confirmar o que a memória popular tinha guardado - «a cidade foi engolida pela terra». Por causas ainda não determinadas verifica-se que entre os séculos V e o IX, da nossa era, a cidade de Ammaia, já em decadência, sofreu os efeitos de um qualquer cataclismo que ao soterrá-la a conservou, proporcionando que a uma profundidade média de 80 cm se possam identificar importantes estruturas arquitectónicas, como a grande praça pública lajeada que ladeia uma das portas da cidade. Na área do forum levanta-se o podium de um templo e por uma área superior a 17 hectares são visíveis testemunhos da cidade de Ammaia. Numa das encostas sobranceiras ao Rio Sever rasga-se o assento das bancadas de um recinto para espectéculos públicos.

«Termas do Forum»

Os mosaicos, aquedutos e calçadas que os autores dos séculos XVI, XVII e XVIII referem, ainda não foram identificados. Neste momento apenas uma ínfima parte da zona baixa da Cidade de Ammaia foi objecto de escavaço e estudo, possibilitando, mesmo assim, recuperar um conjunto muito significativo de materiais arqueológicos e evidenciar estruturas habitacionais e públicas de grande importância.

Descrita por autores clássicos como Plínio, pelos autores árabes, como Isa Ibn Áhmad ar-Rázi, e pelos mais conhecidos escritores e historiadores desde o século XVI.

A par do interesse pela investigação de uma das poucas cidades romanas que não se esconde sob construções de épocas posteriores, que por norma inviabilizam estudos alargados e sistemáticos, a maior parte da área ocupada pelas ruínas foi adquirida tendo em vista a sua escavação e recuperação.

Ammaia Romana

Do que resta da ocupa�o humana na cidade, para alem dos vestígios habitacionais, o visitante poder� desfrutar de uma visita ao Museu monográfico (1) onde estão patentes duas exposições com materiais que foram recolhidos ao longo dos tempos na cidade, quer no decorrer dos trabalhos agrícolas, quer j� com a realização de escavações arqueológicas no período entre os anos de 1995 e 2006.

«Museu monográfico da Ammaia»

Uma das exposições demonstra a vida quotidiana da população que viveu nesta cidade romana, e a outra, - fruto do trabalho de um coleccionador, o senhor António Maãs, que viveu paredes-meias com as ruanas da cidade, na vizinha Quinta dos Olhos D´água, e que na sua época conseguiu, em parceria com o Prof. Leite de Vasconcelos, recolher uma importante colecção de peças da Ammaia.

«Inscrião em honra do imperador Cláudio, com a primeira referncia à Civitas Ammaiensis
(foto: Museu Nacional de Arqueologia)»

Uma parte dessa colecção encontra-se depositada no Museu Nacional de Arqueologia e a outra foi recentemente entregue ao Museu de Ammaia para estar patente no seu espaço museológico. Esta colecção/exposição é composta por diversas peças cerâmicas, inscrições, moedas, objectos de adorno e vidros romanos que foram recolhidos em Ammaia desde os inícios do séc. XX e que correspondem a uma das mais importantes colecções de vidros romanos da Península Ibérica.

Porta Sul

Os trabalhos nesta área identificaram duas estruturas circulares, que revelaram ser o arranque de duas torres. Estas ladeavam uma das portas da cidade, estando por sua vez adossadas à muralha romana, as torres possuem um diâmetro externo de 6,30m e estavam ligadas por um arco - Arco da Aramenha, transportado para Castelo de Vide.

Alargando-se a escavação para o interior da cidade, descobriu-se uma praça pública, pavimentada com blocos de granito muito regulares, o lajeado do lado direito possui um comprimento de 21,30m, e uma largura de 10,75m, do lado esquerdo, apenas se conservaram algumas lajes, in situ.

«Torre»

»Um pequeno dado de jogar, em osso, foi encontrado numa das torres da porta sul, no mesmo local onde foram também encontradas muitas moedas - será que os guardas transformavam a torre numa sala de jogo informal para matar o tédio? «

«Vista da entrada na cidade pela Porta sul»

Os lajeados ladeiam uma das principais ruas da cidade (Kardo Maximus), que segue em direcção ao Fórum, possuindo cerca de 4m de largura, no entanto, os vestígios da calçada original desapareceram, restando apenas as peças que constituíam a soleira da porta.

«Peça de granito da estrutura da soleira»

Esta soleira é formada por cinco peças de granito, duas delas encontradas in situ. A construção deste conjunto monumental na segunda metade do séc. I d. C., implicou a demolição parcial de algumas habitações mais antigas que remontam aos inícios do império.

«conjunto monumental - Porta sul»

Termas do Forum

Em 1996 identificou-se um pequeno tanque revestido por placas de mármore, que faria parte do complexo balneário do Forum. Seria provavelmente o tepidarium (tanque de água tépida), ou o frigidarium (tanque de água fria).

«Área das Termas do Forum»

A envolver este tanque surgem algumas estruturas pertencentes ao complexo termal. Recentemente, foi posta a descoberto parte de uma natatio, piscina maior do edifício, que poderia ser coberta ou ao ar livre. A oeste encontra-se a EN359 que destruiu uma parte significativa deste edifício.

Fórum e Templo

«podium do templo da civitas»

Na Tapada da Aramenha, eleva-se uma estrutura rectangular (18m x 9m), com uma altura máxima de 2,50m, correspondendo ao podium de um templo.

«Templo e Forum Romano»

Apresentando um enchimento de terra argilosa e opus incertum que seria revestido com blocos de granito e dividido em duas partes (a cella e o pórtico do átrio) por um muro transversal ainda visível. As escavações na área envolvente do podium permitiram delimitar o edifício com maior monumentalidade da cidade, o Forum.

«estruturas romanas do Forum»

Era aqui, que se centravam os poderes administrativo, religioso e judicial da civitas, rodeado por cerca de 20 lojas e onde a popula�o da cidade e da região vinha prestar culto às divindades do panteão romano e indígena.

«Radio past - Radiografia da cidade romana de Ammaia»

Nos últimos anos, várias equipas de arqueologia provenientes de toda a Europa têm desenvolvido um conjunto de métodos para o estudo de importantes sítios arqueológicos soterrados. O objectivo destes métodos que não destroem paredes, pisos e objectos que ainda estejam soterrados, é limitar intervençoes destrutivas e onerosas como as escavações.

«Projecto 2D - reconstituição da Porta sul e Forum romano»

Este trabalho inclui diferentes tipos de teledetecção (fotografia aérea, laser scanning, etc.), métodos geofísicos terrestres (georadar, prospecção magnética), SIG baseado em ferramentas de análise e visualização e outros sofisticados métodos de prospecção.

Estas tecnologias aplicadas podem ajudar os arqueólogos a adquirir uma visão mais precisa do passado soterrado e ajudá-los em experiências de reconstrução do «antigo mundo subterrâneo» e na divulgação dos resultados da investigação ao público.

«Trabalhos de protecção de estruturas no Templo (2010)»

A coordenação científica do projecto é da responsabilidade da Universidade de Évora, que contratou dois professores, o belga Frank Vermeulen e a italiana Cristina Corsi, para trabalhar com os arqueólogos portugueses Joaquim Carvalho e Sofia Borges.

Resultado desse trabalho, sabe-se agora que a praça pública de Ammaia está cercada por 20 lojas, um templo e uma basílica (tribunal) e foi embelezada com monumentais pórticos, estátuas e fontes. A partir deste plano 2D, obtido com esta nova tecnologia, os especialistas irão agora reconstruir um modelo 3D do coração da cidade romana e a longo prazo, está em projecto uma completa reconstrução digital da cidade.

O projecto Radio Past (www2.radiopast.eu) vai disponibilizar uma visita virtual à Cidade de Ammaia, em quiosques multimédia, com filmes e modulações 3D, durante o ano de 2011 e 2012.

Ammaia, «a das ruínas», de regresso « vida.»

O trabalho de recuperação e valorização da Cidade Romana de Ammaia, recebeu o Prémio Vilalva 2009 para a recuperação do património, atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian.

"A grande relevância histórica, patrimonial e técnico-científica do projecto de recuperação e valorização de um sitio arqueológico ímpar no panorama nacional" foi o motivo que levou o júri a atribuir este prémio.

Lendas de Ammaia�

...Da grande cidade, nos principios deste século, apenas restavam à superfície alguns muros que a memória popular diz serem os que a terra não conseguiu engolir. As ruas e casas da velha urbe lentamente deram lugar a terrenos de lavoura. De quando em quando um arado vai mais fundo e levanta alguma cantaria ou canalização trazendo até à superfície alguns restos da desaparecida Ammaia. E, gradualmente, na tradição popular começou a construir-se uma lenda. A velha cidade da Aramenha tinha sido engolida pela terra durante um grande terramoto. A cidade está intacta, mas muito funda, dizem alguns. As telhas que o arado ainda arranca fazem parte dos telhados dos palácios soterrados, afirmam outros. À lenda da cidade soterrada associa-se a dos tesouros que ainda aí se guardariam. A procura destes lendários tesouros tem contribuído, ainda mais, para que os poucos muros e alicerces ainda sobreviventes sejam esventrados, acabando por ruir.

(1)Museu Monográfico da Cidade da Ammaia

Estão expostas peças da vida quotidiana das populações, que vão desde vidros a cerámicas. Uma parte deste espólio está no Museu Nacional de Arqueologia que, em conjunto com o Museu Monográfico da Ammaia constituem uma das mais importantes colecções de vidros romanos procedentes de um só local da Península Ibérica.

(2)Museu Municipal de Marvão - Arqueologia

A presença romana está bem testemunhada no Museu Municipal pelas cerâmicas, metais, vidros e documentos epigráficos. As escavações efectuadas na necrópole romana da Herdade dos Pombais e a Cidade Romana de Ammaia, foram as principais fontes do esp�óio exposto.

Localização: Igreja de Santa Maria
Morada: Largo de Santa Maria, Marvão

Fontes:

Fundação Cidade de Ammaia
(info: http://128934ed.110mb.com/)
MUNICIPIUM DE AMMAIA, PATRIMÓNIO ROMANO NO NORDESTE ALENTEJANO de Maria de Lourdes C. Tavares
(info: http://cienciasdonossotempo.no.sapo.pt/cidade_de_ammaia.htm )
Projecto Radiopast em Ammaia
(Info: http://www2.radiopast.eu/?page_id=390)
A Cidade Romana de Ammaia - Escavaçõees Arqueológicas 2000-2006 (2009)
Edições Colibri, Autoria: Sérgio Pereira
Câmara Municipal de Marvão - Cidade de Ammaia
Autor : Jorge de Oliveira
Cidade e foro na Lusitânia Romana. Mérida, 2009
"Ammaia e Civitas Igaeditanorum. Dois espaços forenses lusitanos."
Autor: VASCO GIL MANTAS
(info: https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/bitstream/10316/13498/1/Vasco%20Gil%20Mantas%20-%20Ammaia%20e%20civitas%20Igaeditanorum.pdf)."
02
Fev11

O COMÉRCIO EM BELVER E A SUA INDÚSTRIA

DELFOS

JOÃO ALVES FREIRE
Estabelecimento de fazenda, Malas,
Camas de Ferro, Mercearia e Miudezas
Beira-Baixa -- BELVER
______________________________

FARMÁCIA MENDES
Director Técnico Alexandre Mendes
Aviamento escrupuloso de todo o receituário médico
BELVER
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JOÃO BATISTA DA SILVA
Productor de vinhos, cereais, azeites e cortiças
BELVER
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JOÃO DAVID FARIA
MERCEARIA e vinhos
Largo 5 de Outubro
BELVER
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Lagar da Oila
SOCIEDADE POR COTAS
Fabrico de azeite pelos processos mais modernos
BELVER
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MANUEL CARDOSO SEQUEIRA
MERCEARIAS e vinhos
Estrada Nacional - BELVER - Beira Baixa
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PENSÂO BARATA
BOa meza, bons quartos
- Preços módicos -
Vinhos da sua produção
BELVER
________________________
MIGUEL MATIAS CHAMBEL
Comissões e Consignações Correspondente Bancário e de seguros
ADUBOS, AZEITES, CEREAIS E OUTROS ARTIGOS
SABÃO MOLE
Fabrico regional, que fornece em pequenas e grandes quantidades
para muitas fábricas de lanifícios e outros tecidos do paiz
_____________________________________________________

O Blog, o "ALENTEJO no NORTE" diz que a coisa se passou nos anos trinta do século passado e leva a coisa para o ano de 1932. Esta do sabão, do sabonete, o devido produto parece que esconde qualquer coisa...

01
Fev11

UM LIVRO SOBRE MARVÃO E UM PORTAL PARA ELE

DELFOS
2011-01-25

"Promover o território de Marvão como destino turístico", dar a conhecer as várias atividades que são desenvolvidas naquele concelho, são os principais objetivos do livro e do portal sobre Marvão que vão ser lançados até ao mês de abril.

Segundo avançou o vereador do município de Marvão, José Manuel Pires, o novo portal e o livro, vão funcionar como uma “janela de oportunidades” para projetar o que o concelho tem de melhor.

Esta segunda feira assinalou-se a Restauração do Concelho de Marvão, que ocorreu em 1898.

Para assinalar a data o município procedeu á apresentação do livro Marvão: Território, Produtos e Actividades e do Portal www. marvao.pt."

Susana Mourato

Fonte:
Rádio Portalegre

http://www2.portalegredigital.pt/client/skins/portuguese/artigo.asp?page=1928

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